As eleições presidenciais e legislativas realizadas ontem (28/11) no Haiti foram validadas na maior parte do país, informou a Comissão Eleitoral Provisória (CEP), apesar dos registros de violência e dos apelos para anulação do pleito.
“A jornada eleitoral foi realizada”, declarou o presidente da CEP, Gaillot Dorsainvil, em uma coletiva de imprensa.
Leia mais:
Candidata opositora denuncia suposta “fraude” em eleições do Haiti
Préval: População haitiana deve participar com responsabilidade de eleições
Regulações entram vigor para garantir bom andamento de eleições gerais no Haiti
A Comissão também informou que a votação só foi anulada em 56 centros eleitorais, entre quase 1.500.
Ontem, 12 candidatos pediram a anulação da eleição. Segundo acusações, as fraudes em larga escala teriam sido realizadas por apoiadores do atual presidente, René Preval.
Durante a tarde, milhares de haitianos foram às ruas para protestar contra a decisão e exigir a anulação dos resultados mediante tantas denúncias de fraude.
A rede de notícias TeleSur divulgou o relato do correspondente Jordan Rodríguez, que está em Porto Príncipe. De acordo com o jornalista, um dia após o pleito ainda se pode encontrar material eleitoral abandonado pelas ruas.
“Vemos a quantidade de cédulas eleitorais no chão e urnas abertas, falhas que foram negadas pelo CEP”, contou Rodríguez ao transitar pelas ruas da cidade de Kalful, na periferia de Porto Príncipe.
As eleições no Haiti ocorreram no último domingo (28/11) em meio a uma epidemia de cólera que já deixou 600 mortos. De acordo com o CEP, 5 milhões de haitianos foram convocados para eleger o novo presidente, 11 senadores e 99 deputados.
A Missão de Observação das Nações Unidas e da Carirom (Comunidade do Caribe) ainda não se preonunciaram a respeito do andamento e das acusações de fraude do processo eleitoral.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL