Cleópatra, rainha do Egito e amante de Júlio César e Marco Antônio, tirou sua vida em 30 de agosto de 30 a.C. em seguida à derrota de suas forças diante de Otaviano, futuro primeiro imperador de Roma.
Cleópatra, nascida em 69 a.C., foi coroada Cleópatra VII após a morte do pai Ptolomeu XII, em 51 a.C. Seu irmão também foi feito rei, Ptolomeu XIII, e os irmãos governaram o país formalmente como marido e mulher. Cleópatra e Ptolomeu eram membros da dinastia macedônia, que governou o Egito desde a morte de Alexandre o Grande em 323 a. C. Embora não tivesse sangue egípcio, aprendeu sozinha o idioma local. Para aumentar sua influência sobre o povo egípcio, foi proclamada filha de Re, o deus do Sol. Pouco demorou para que os irmãos entrassem em disputa e a guerra civil eclodiu em 48 a.C.
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A morte de Cleópatra, de Reginald Arthur
Roma também estava envolta em guerra civil. Quando Cleópatra preparava com um grande exército árabe, o ataque ao irmão, a guerra civil romana estendeu-se para o Egito. Pompeu o Grande, derrotado por Júlio César na Grécia, fugiu para o Egito em busca de consolo, mas foi assassinado pelos agentes de Ptolomeu XIII. César chegou a Alexandria logo depois e, ao encontrar seu inimigo morto, decidiu restaurar a ordem no Egito.
Durante o século precedente, Roma havia exercido crescente controle sobre o rico reino egípcio. Cleópatra buscou então ganhar o favor de César. Viajou para Alexandria indo ao seu encontro enrolada numa preciosa manta que lhe ofereceu de presente. Cleópatra, bonita e sedutora, envolveu o poderoso líder romano, que acabou concordando em interceder a favor dela na guerra civil egípcia.
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Em 47 a.C., Ptolomeu XIII foi morto após derrota ante César, Cleópatra assume o poder dual com outro irmão, Ptolomeu XIV. Ela e Júlio passam semanas juntos. César parte para a Ásia Menor onde proclamou a famosa expressão “Veni, vidi, vici” (Vim, vi, venci) depois de sufocar uma rebelião. Em junho de 47, Cleópatra traz à luz um filho a quem dá o nome de Caesarion, ‘pequeno César’.
César retorna triunfante a Roma. Cleópatra e Caesarion vão ao seu encontro. César é assassinado em março de 44 – “tu quoque, Brute, filii mei!” (Tu também, Brutus, meu filho) – e ela volta ao Egito. Pouco depois morre Ptolomeu XIV, possivelmente envenenado por Cleópatra. Ela faz de seu filho co-rei sob o nome de Ptolomeu XV César.
Com o assassinato de Júlio César é formado em 43 a. C. um segundo triunvirato formado por Otaviano, sobrinho-neto de César; Marco Antônio, um influente general; e Lepidus, estadista romano. Marco Antônio assume a administração das províncias orientais do Império.
Trailer do filme 'Cleópatra' (1963), estrelado por Elizabeth Taylor:
Cleópatra trata de seduzi-lo e em 41 chega a Tarso numa barcaça, vestida de Vênus, a deusa romana do amor. Bem-sucedida em seus esforços, Marco Antônio retorna com ela a Alexandria, onde passam o inverno em libertinagens. Em 40, Marco Antonio regressa a Roma e se casa com a irmã de Otaviano numa tentativa de dele se aproximar. Em 37, Antônio se separa de Otávia e vai se encontrar com Cleópatra na Síria. Ela havia dado à luz gêmeos, um filho e uma filha.
Para celebrar a vitória sobre a Armênia em 34 a. C., Marco Antônio montou uma triunfal procissão pelas ruas de Alexandria, ele e Cleópatra sentados em tronos dourados. Roma interpretou o espetáculo como sinal de que pretendia entregar o império a mãos estrangeiras.
Após anos de tensão, Otaviano declarou guerra a Marco Antônio e Cleópatra em 31. Em 2 de setembro de 31 a. C., a esquadra de Otaviano investe contra Actium na Grécia. Depois de pesada batalha, as tropas de Cleópatra fogem e zarpam para o Egito com 60 de seus barcos. Marco Antônio atravessa então as linhas inimigas para ir ao encontro dela. No entanto, suas forças foram obrigadas a se render.
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Embora tivessem sofrido uma decisiva derrota, um ano depois Otaviano invade Alexandria e impõe nova e dura derrota a Antônio. Cleópatra refugia-se no mausoleu que havia construído para si. Marco Antônio recebe notícia que ela tinha morrido e, desconsolado, apunhala-se com uma espada. Ferido, ouve de mensageiro que Cleópatra ainda vivia. Levado ao retiro dela, acaba morrendo não sem antes pedir-lhe que estabelecesse a paz com Otaviano. Quando o triunfante Otaviano chegou, ela tentou seduzi-lo mas ele resistiu ao charme.
Sem perspectivas, Cleópatra comete suicídio, trazendo para junto de si uma áspide, serpente venenosa e símbolo da realeza divina.
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