O governo golpista de Honduras informou neste domingo (9) que “foram conciliadas as diferenças” quanto à delegação de chanceleres da OEA (Organização dos Estados Americanos) que visitará o país em uma nova tentativa para superar a crise após a deposição do presidente Manuel Zelaya, em junho.
Isso implica que o secretário-geral do órgão, José Miguel Insulza, participe “a título de observador”, informou a Chancelaria hondurenha em comunicado.
A breve declaração termina dizendo que “a visita foi adiada para uma data que será determinada nos próximos dois dias”.
Nas primeiras horas de ontem, o governo de Roberto Micheletti anunciou que adiava a visita da missão da OEA que prevê conhecer a crise política do país, decisão que os seguidores do deposto presidente Manuel Zelaya rejeitaram com a ameaça de continuar suas medidas de pressão.
Em sua primeira declaração, a Secretaria de Relações Exteriores de Honduras disse que a missão da OEA não seria recebida, cuja chegada estava prevista para a próxima terça-feira, porque inclui seu secretário-geral, José Miguel Insulza, a quem Micheletti acusa de tomar partido no conflito.
Afirmou também que a “intransigência” de Insulza em ser parte da missão e em excluir desta países abertos a que se reconsidere a suspensão de Honduras da OEA, aplicada por não restituir Zelaya, “tornou impossível que se realize a reunião na data prevista”.
No entanto, assegurou que “mantém toda a flexibilidade para marcar uma nova data da visita”, mas “excluindo da missão o senhor José Miguel Insulza, que poderá ser substituído pelo secretário-geral adjunto ou outros funcionários da OEA”.
Zelaya foi derrubado pelos militares no dia 28 de junho e substituído por Micheletti por designação do Parlamento hondurenho, que alegou que o que tinha ocorrido era uma “substituição constitucional, não um golpe de Estado”.
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