O Ministério do Interior do Iêmen, controlado pelos rebeldes houthis, anunciou nesta segunda-feira (04/12) a morte do ex-presidente Ali Abdullah Saleh, até poucos dias atrás um aliado dos rebeldes e a quem a nota oficial se refere como “o líder da traição”.
Em entrevista à emissora Al Masirah, funcionários do ministério disseram que Saleh morreu em meio aos enfrentamentos com combatentes houthis na capital, Sanaa. Também um representante do governo internacionalmente reconhecido do Iêmen confirmou a morte de Saleh, em declarações à agência de notícias AP.
Membros do partido de Saleh também confirmaram a morte do ex-presidente, em declarações à emissora árabe Al Arabiya. Imagens na internet supostamente mostram o corpo do presidente, mas não há confirmação oficial.
No sábado (02/12) foi rompida a aliança entre os houthis e as forças leais a Saleh, que lutavam juntos contra o presidente Abd Rabbuh Mansur al-Hadi, depois de Saleh se declarar disposto a abrir “uma nova página” com a coalizão liderara pela Arábia Saudita e que apoia Hadi, desde que esta parasse de atacar o Iêmen e encerrasse seu embargo. A coalizão e o governo de Hadi saudaram o anúncio, mas os houthis acusaram Saleh de traição.
Saleh, de 75 anos, governou o país por mais de três décadas e conduziu diversas guerras contra os houthis. Ele foi forçado a renunciar em 2012, em consequência da Primavera Árabe, e formou uma surpreendente aliança com o grupo rebelde xiita depois que este tomou Sanaa, no fim de 2014.
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Saleh, de 75 anos, governou o país por mais de três décadas e conduziu diversas guerras contra os houthis
AS/efe/ap/dpa