Hunter Biden, filho do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, admitiu culpa em nove acusações relacionadas a crimes fiscais em um tribunal federal de Los Angeles, Califórnia, na última quinta-feira (05/09). As informações são da CNN.
O juiz distrital Mark Scarsi aceitou a confissão e marcou a sentença para o dia 16 de dezembro, após as eleições presidenciais, que ocorrem em 5 de novembro. A data proposta não foi contestada pela promotoria.
Entre as acusações estão: uma de sonegação fiscal, duas de fraude em declarações de imposto de renda e quatro de não pagamento de impostos, além de duas acusações de não apresentar declaração de imposto de renda.
O processo inclui alegações de que Hunter não pagou US$ 1,4 milhão em impostos, gastando o valor em itens de luxo, enquanto enfrentava problemas com drogas.
A confissão, classificada como “aberta” por ser feita sem acordo prévio com os promotores, surpreendeu as partes envolvidas. Segundo o promotor Leo Wise, “ficamos tão chocados quanto todos os outros no tribunal esta manhã”. Hunter Biden afirmou sob juramento que sua decisão foi tomada sem qualquer promessa ou pressão.
Durante o julgamento, o advogado de Hunter, Abbe Lowell, confirmou que “não houve um acordo”, reiterando que a única oferta da promotoria era uma confissão total das acusações. A defesa anteriormente tentou negociar sob os termos da “alegação de Alford”, na qual o réu aceita a sentença sem admitir culpa, mas a promotoria rejeitou a possibilidade.
Trata-se do segundo julgamento de Hunter este ano, e ocorre após sua condenação em Delaware por posse ilegal de arma de fogo. As acusações fiscais incluem declarações fraudulentas e o uso de dinheiro em carros de luxo e outros itens, em vez de quitar impostos.
Com a sentença marcada para dezembro, a expectativa é de que a confissão de Hunter Biden evite um julgamento longo, que poderia atrair mais atenção pública, sobretudo às vésperas das eleições presidenciais.