O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) afirmou nesta terça-feira (11) que a suspensão da ajuda financeira dos Estados Unidos para outros países por meio do congelamento do orçamento da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) não gera impacto direto no combate aos incêndios florestais no Brasil.
A manifestação ocorreu após decisão do presidente, Donald Trump, que suspendeu por 90 dias, por decreto, qualquer assistência internacional, “para avaliação da eficiência programática e da coerência com a política externa dos Estados Unidos”.
Entre as ações financiadas pelo governo norte-americano no Brasil, está o Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios, executado pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos com o Ibama e outros órgãos brasileiros como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Os recursos são provenientes de uma parceria entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
A iniciativa tem como principal objetivo preparar brigadistas e fornecer treinamento especializado para os profissionais que já atuam no combate a incêndios florestais.

Ibama explicou que orçamento para combate de incêndios parte do Governo Federal
No total, entre 2021 e 2023, foram promovidos pelo menos 51 cursos e capacitações em colaboração com instituições como o Ibama, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com mais de 3 mil pessoas recebendo formação.
De acordo com o Ibama, a decisão gera prejuízos técnicos “em virtude da interrupção de algumas ações que poderiam contribuir para a reestruturação das instituições brasileiras, particularmente em termos de capacitação de profissionais”.
No entanto, as ações de prevenção e de combate aos incêndios florestais no país “são executadas com recursos provenientes do orçamento da União e não dependem de recursos externos”.
(*) Com Agência Brasil e Ansa