Pelo menos 31
crianças morreram nesta sexta-feira (15) em um incêndio em uma creche pública
na cidade de Hermosillo, no noroeste do México.
A maioria das
crianças tinha entre três meses e dois anos, e morreu asfixiada pela fumaça
enquanto dormia. Outros 26 bebês foram internados com queimaduras graves e
sintomas de asfixia em diversos hospitais da cidade. No total, entre 40 e 50
crianças estão feridas, espalhadas entre vários hospitais da cidade.
O desastre
ocorreu às 15h locais (20h de Brasília). Nesse horário, 175 crianças estavam no
local. A creche depende do Instituto Mexicano do Seguro Social, ou seja, faz
parte da rede de assistência social do governo mexicano, apesar do fato que funciona
numa instalação industrial, entre um posto de gasolina e um depósito de pneus,
e não tinha saídas de emergência nem extintores.
O fogo teria
começado em um depósito de pneus próximo à creche. Algumas testemunhas
relataram que o calor do fogo derreteu o teto rebaixado da creche, que desabou.
Vários empregados das empresas vizinhas vieram às educadoras sair carregando
crianças nos braços queimados.
Carros lançados contra as paredes
Os trabalhadores
usaram os extintores se suas empresas e ajudaram no resgate de crianças junto
com vários transeuntes. “Eu tirei pelo menos três meninos do fogo, e queria
voltar lá quando chegaram os corpos de segurança, e ai, paramos”, conta Othón
Mendoza Solís na reportagem publicada pelo diário mexicano La Jornada.
Os bombeiros
demoraram uma hora e meia para apagar o incêndio, e alguns vizinhos que
tentavam socorrer os bebês tiveram de lançar seus carros contra as paredes da
creche para abrir buracos e assim poder resgatar os recém-nascidos.
Dois funcionários
do depósito de pneus permanecem detidos e estão depondo ao Ministério público
sobre as circunstâncias do incêndio. As autoridades mexicanas prometeram punir
os responsáveis por colocar a creche em funcionamento em um local que não
reunia as condições de segurança necessárias.
O presidente do
México, Felipe Calderón, disse sentir uma “dor profunda” por causa da
tragédia e enviou o diretor de Assistência Social do governo para o local, para
dar apoio às famílias das vítimas.
Com
informações El Universal, La
Jornada e EFE
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