O sindicato União Geral dos Trabalhadores Tunisianos (UGTT), que desempenhou um papel-chave na mobilização da recente revolta social da Tunísia, aceitou nesta quinta-feira (27/01) a permanência do primeiro-ministro, Mohamed Ghannouchi, à frente do Executivo de transição, informaram à Agência Efe fontes da entidade.
Os membros do sindicato em todo o país, reunidos nesta quinta-feira durante o dia todo em um hotel perto de Túnis, aceitaram a proposta do presidente interino, Fouad Mebazaa, de manter Ghannouchi e tirar do Executivo todos os ministros do anterior regime em postos importantes como Exteriores, Interior, Defesa, Justiça e Finanças.
A proposta mantém apenas dois ministros do presidente deposto Ben Ali em departamentos de menor peso, como o de Indústria e Planejamento e Cooperação Internacional.
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O anúncio oficial do novo governo, previsto para esta quinta-feira, mas adiado em duas ocasiões, sofrerá provavelmente um novo atraso até que não sejam concluídos todos os contatos em torno dos que devem substituir os ministros.
Fontes próximas às negociações para formar o novo Executivo indicaram à agência de notícias Efe que este estará integrado por gestores e pessoas de reconhecida honestidade, algumas delas antigos ministros da época do primeiro presidente da Tunísia independente, Habib Bourguiba.
Milhares de manifestantes exigiram nesta quinta-feira novamente na capital e em outras regiões do país a saída de todos os ministros de Ben Ali, incluído Ghannouchi, do governo de transição.
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