Este domingo (02/04) entrou para a história como a data oficial de fundação da Internacional Feminista.
A nova organização publicou nesta data o seu manifesto, organizado por mais de 50 mulheres líderes de todo o mundo, representantes de 30 países de todos os continentes.
No texto, as fundadoras explicam que a nova plataforma que pretende reunir esforços na luta pela igualdade de gênero em todo o planeta.
“Somos mulheres feministas de todos os continentes, nos organizamos para erradicar o patriarcado e todas as suas formas de violência de gênero no mundo”, diz um dos parágrafos.
A Internacional Feminista é resultado de iniciativas que vinham sendo promovidas há meses, e que confluíram em um congresso realizado na Cidade do México, entre os dias 30 de março e 1º de abril.
Durante esses três dias, as participantes debateram sobre a estrutura da nova organização e sobre o manifesto de fundação da mesma.
Twitter / Internacional Feminista
Evento de fundação da entidade contou com a presença de mais de 50 mulheres líderes, representando 30 países diferentes
Entre as participantes do evento estava a jornalista, escritora e ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), destacada defensora dos direitos as mulheres no Brasil.
A deputada chilena Karol Cariola, que também é membro do Partido Comunista do seu país, foi outra líder que esteve presente no evento.
“Nosso feminismo não é um feminismo qualquer. É um feminismo anticapitalista, antipatriarcal e também um feminismo que propõe uma sociedade mais justa, mais democrática, mais ecológica. Um feminismo que considera a constituição da paz em cada um dos nossos países”, acrescentou a parlamentar chilena.
2/2 ¡Larga vida a la Internacional Feminista! ✊?✊?✊?#AhoraQueEstamosJuntas pic.twitter.com/3T4saPMxRE
— Internacional Feminista (@IntFeministaIF) April 3, 2023
Outras figuras destacadas que participaram do evento foram a prefeita de Santiago do Chile, Irací Hassler; a primeira-dama do Chile, Irina Karamanos; a ministra da Presidência da Bolívia, María Nela Prada; a ministra da Igualdade da Espanha, Irenne Montero; além de Paola Pabón, governadora de Pichincha, maior província do Equador.
O manifesto fundacional da Internacional Feminista também faz um alerta sobre “uma onda de grupos conservadores e neofascistas que atacam principalmente o movimento feminista e suas lideranças”.