Inundações matam três e desalojam 3,6 mil na Argentina
Inundações matam três e desalojam 3,6 mil na Argentina
As inundações que deixaram três mortos e mais de 3,6 mil desalojados no interior da Argentina desde ontem podem ter sido agravadas por causa de canais de irrigação agrícola construídos irregularmente por fazendeiros, segundo denúncia feita hoje (28) pelo governo local.
A acusação do governador da província de Buenos Aires é de que foram construídos canais sem permissão oficial, o que levou o rio a transbordar. Já as entidades agropecuárias alegam que as inundações são consequências de falhas em obras hidráulicas feitas para conter a água.
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Na cidade de San Antonio de Areco, a cerca de 120 quilômetros da capital do país, uma adolescente de 14 anos morreu afogada e 3 mil pessoas tiveram de abandonar as casas por causa das fortes chuvas. A jovem estava desaparecida desde a sexta-feira, quando o nível do rio Areco já havia subido. Em Pergamino, cidade a 222 quilômetros de Buenos Aires, uma criança de 10 anos e uma jovem de 19 foram arrastadas pelo rio e morreram, e diversas famílias foram removidas.
Até agora, região norte da província é uma das mais afetadas, e parte de seu patrimônio histórico foi danificado. A região de Areco, chamada de “berço do gaúcho argentino”, sofre com o aumento do rio do mesmo nome, que corta as cidades. Na cidade de Salto, a 200 quilômetros ao norte de Buenos Aires, outras 300 pessoas tiveram de deixar suas casas. A água danificou boa parte dos móveis e documentos do histórico Museu Ricardo Güiraldes, em Carmen de Areco, que deu à cidade o símbolo de tradição gauchesca. Lá, os membros da Defesa Civil tiveram de entrar de canoa para tentar salvar objetos do século XIX.
Saques
Hoje, o Serviço Meteorológico Nacional da Argentina declarou um estado de alerta nas regiões norte, centro e sudeste da maior província do país.
Segundo o prefeito da cidade de Salto, Oscar Brasca, já foi declarado estado de “emergência sanitária”. O exército está prestando atendimento às populações evacuadas ou atingidas pelas águas e foi instalado um hospital de campanha na região inundada.
Em Salto, os moradores enfrentam outro problema: além da chuva, as casas que os moradores tiveram de abandonar estão sendo saqueadas. Citado pelo jornal argentino Clarín, o chefe dos bombeiros local, Juan Carlos Godoy, contou que as denúncias de furto estão aumentando. Segundo ele, que a polícia ainda não conseguiu encontrar suspeitos dos roubos, já que é impossível voltar aos lugares onde a inundação está maior.
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