Quarta-feira, 26 de março de 2025
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O governo do Irã condenou firmemente nesta sexta-feira (07/02) as novas sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos ao país, em uma decisão que chamou de “ilegítima, ilegal e violenta”.

As críticas são feitas um dia após o governo de extrema direita de Donald Trump anunciar medidas contra uma “rede internacional”, acusando-a de fornecer petróleo iraniano à China para supostamente financiar as atividades militares do país persa. 

“A decisão do novo governo dos EUA de pressionar a nação iraniana impedindo o comércio legal do país com seus parceiros econômicos é uma medida ilegítima, ilegal e violenta”, denunciou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Teerã, Esmaeil Baqaei, em um comunicado, acrescentando que a medida é “completamente injustificada e contrária às regras internacionais”.

Por sua vez, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, instou seu governo a recusar qualquer negociação com os EUA, explicando que seria “imprudente, pouco inteligente e não honroso”, poucos dias depois que Trump afirmou estar disposto a retomar tratativas com Teerã.

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O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, instou seu governo a recusar qualquer negociação com os EUA, explicando que seria “imprudente, pouco inteligente e não honroso”

Para Khamenei, que acusou os EUA de “arruinarem, violarem e destruírem” o acordo nuclear de 2015 sob o primeiro mandato de Trump, argumentou que as experiências anteriores de seu país mostraram que Washington poderia facilmente renegar os acordos. 

“Eles não devem fingir que se nos sentarmos à mesa de negociações com este governo os problemas serão resolvidos. Nenhum problema será resolvido negociando com a América”, afirmou. “A mesma pessoa que agora está no cargo rasgou o acordo”.

Donald Trump, que assumiu seu segundo mandato em 20 de janeiro, voltou a adotar sua política de “pressão máxima” contra o Irã, alegando que a nação tenta desenvolver armas nucleares. Entretanto, o líder supremo alertou que Teerã adotará medidas recíprocas se o governo norte-americano atuar contra o seu país.

(*) Com Ansa