Sexta-feira, 20 de junho de 2025
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O vice-ministro das Relações Exteriores e chefe-negociador do Irã, Ali Bagheri, anunciou nesta quarta-feira (03/11) que foi firmada a data para a retomada das negociações em relação ao acordo nuclear.

A nova rodada de conversa será realizada em Viena, na Áustria, no dia 29 de novembro. Pelo Twitter, Bagheri afirmou que conversou com Enrique Mora, mediador da União Europeia, que também concordou com a data. Segundo ele, o principal objetivo da retomada é o de “remover as sanções ilegais e desumanas” contra o Irã.

“Em uma ligação com Enrique Mora, concordamos em iniciar as negociações [do acordo nuclear] com o objetivo de remover sanções ilegais e desumanas em 29 de novembro em Viena”, disse.

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No final de outubro, o Irã já havia aceitado retornar às negociações sobre o acordo nuclear em Viena. As conversas formais na capital austríaca haviam sido interrompidas em junho, após a eleição do novo presidente do país, Ebrahim Raisi.

Chefe-negociador de Teerã, Ali Bagheri, disse que o principal objetivo da retomada é o de 'remover as sanções ilegais e desumanas' contra o país persa

Blondinrikard Fröberg/ Flickr

Conversas formais haviam sido interrompidas em junho, após a eleição do novo presidente iraniano, Ebrahim Raisi

Chamado de Joint Comprehensive Plan of Action, ou apenas como JCPOA, o acordo nuclear foi firmado em 2015 pelo que ficou conhecido como grupo 5 + 1 (EUA, França, China, Rússia, Reino Unido – todos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas – mais a Alemanha). A União Europeia é uma das intermediadoras do pacto e Borrell é quem lidera as atuais negociações.

Em 2018, o então presidente norte-americano Donald Trump retirou o país da lista de signatários e voltou a impor sanções unilaterais contra os iranianos. Teerã, por sua vez, aumentou o enriquecimento de urânio para níveis acima dos concordados o JCPOA.

Com a eleição de Joe Biden, porém, os norte-americanos voltaram a acompanhar as conversas e manifestaram interesse em retornar para o acordo. Por isso, as atuais negociações em Viena são consideradas fundamentais para acalmar a situação.

(*) Com Ansa.