A ativista anglo-queniana Auma Obama, meia-irmã do ex-presidente norte-americano Barack Obama, foi afetada por bombas de gás lacrimogéneo atiradas pela polícia de Nairobi durante protesto realizado nesta terça-feira (25/06), na capital do Quênia.
A manifestação tinha como objetivo repudiar a aprovação por parte do parlamento queniano de um pacote de medidas que prevê aumento de impostos sobre o consumo e outras políticas que afetam a população mais pobre do país.
Em um vídeo no qual Auma conversa ao vivo com um correspondente local da CNN, é possível ver o momento em que as bombas são atiradas em um local próximo e, em poucos segundos, a ativista e outros manifestantes, assim como o jornalista da CNN, começam a sentir os efeitos do gás.
BREAKING NEWS
Former US President Barrack Obama’s sister Auma Obama tear-gassed by Kenya police live on CNN with Larry Madowo.
Share widely ifikie Barrack Obama! pic.twitter.com/ISHyYKPrma— Omwamba 🇰🇪 (@omwambaKE) June 25, 2024
“Não consigo nem ver mais, eles estão nos jogando gás lacrimogêneo”, disse Auma, em um vídeo que viralizou nas redes sociais,
O Quênia tem sido palco de protestos massivos há cerca de uma semana, não só pelo polêmico projeto de lei recentemente aprovado como também pelo envio de tropas do país para o Haiti, para enfrentar a guerra civil vivida há anos pelo país caribenho.
Curiosamente, a crise sócio-política queniana acontece simultaneamente a um comunicado do governo dos Estados Unidos afirmando que considera o Quênia como “nosso maior aliado não pertencente à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)”.
Essa descrição foi tornada pública em nota divulgada no último domingo (23/06), mas não teve qualquer influência nos protestos realizados nesta terça-feira.
Ainda assim, vale destacar que essa aproximação do Quênia com os Estados Unidos é um movimento na contramão do observado em boa parte dos países da África Central, como Mali, Níger, Chade e Burkina Faso, países onde as novas forças políticas que tomaram o poder têm cortado todo tipo de colaboração econômica, política e sobretudo militar que mantinham com os Estados Unidos, a França e o Reino Unido.