Quinta-feira, 17 de julho de 2025
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O irmão de Julian Assange, Gabriel Shipton, agradeceu ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e a outras autoridades que manifestaram apoio ao jornalista e pediram sua libertação durante os 1.901 dias em que ele esteve preso.

Em entrevista ao canal norte-americano Sky News, Shipton declarou que figuras como Lula, o Papa Francisco e o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, foram fundamentais para a soltura de Assange.

“Eu venho trabalhando em Washington, em congressos defendendo a liberação de Julian, durante os últimos três ou quatro anos. Conquistar a liberdade de Julian Assange tem sido um esforço global, e é crédito de todos. Do Papa, que defendeu Julian, o presidente Lula, do Brasil, o primeiro-ministro australiano, todos fizeram parte desse esforço global”, disse.

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Shipton também falou em nome da família e afirmou que todos estão muito felizes e ainda digerindo os últimos acontecimentos. “Ele finalmente está livre. Esta tem sido uma campanha incrivelmente longa, que envolveu milhões de pessoas ao redor do mundo, defendendo Julian. O processo levou anos de constante negociação e protestos”, afirmou.

Confira declarações de apoio de outros líderes mundiais: 

Anthony Albanese, Austrália 

Logo após o Wikileaks, site fundado por Assange, anunciar sua liberdade, o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, afirmou que seu governo “tem afirmado consistentemente que o caso de Assange se arrastou durante demasiado tempo”. 

“Não há nada a ganhar com a continuação do encarceramento de Assange. Queremos que ele seja trazido para casa, na Austrália”, publicou o mandatário por meio das redes sociais. 

Leia mais: ‘Vitória tardia, mas democrática’: Lula comemora liberdade de Julian Assange

López Obrador, México

O atual presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, comemorou a libertação de Assange da prisão, afirmando que “pelo menos neste caso, a Estátua da Liberdade não permaneceu um símbolo vazio. Ela está viva e feliz como milhões no mundo”. 

O governo Obrador chegou a oferecer, em 2022, asilo a Assange em meio ao processo contra sua extradição aos EUA

“Estamos dispostos a oferecer asilo a Assange no México. Consideramos que o governo dos EUA deve atuar com humanismo. Assange está doente e esta seria uma demonstração de solidariedade e fraternidade”, declarou o chefe de Estado à época. 

Claudia Sheinbaum, México

A presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum celebrou a liberdade de Assange ao relembrar que em setembro de 2022, como governadora da Cidade do México, entregou as chaves da cidade, em um movimento simbólico, à família do jornalista. 

“Hoje celebramos a sua liberdade”, escreveu em suas redes sociais. 

FreeAssangeNews/Twitter
Gabriel Shipton declarou que figuras como Lula, o Papa Francisco e o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, foram fundamentais para a soltura de Assange

Gustavo Petro, Colômbia

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, felicitou Assange pela sua liberdade, ao mesmo tempo que especificou que “a prisão eterna e a tortura sofridas pelo jornalista foram um ataque contra a liberdade de imprensa à escala global”.

O mandatário ainda comparou o massacre de civis no Iraque pelos Estados Unidos, exposto pelos documentos que levaram o jornalista à prisão, com o massacre “que agora se repete em Gaza”.

Petro finalizou convidando Assange e a sua esposa Stella a visitar a Colômbia e “agir por uma verdadeira liberdade”. 

Nicolás Maduro, Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, também emitiu uma mensagem por meio das suas redes sociais sobre a liberdade de Assange: “em nome do povo da Venezuela, abraçamos e felicitamos Julian Assange pela sua libertação”.

“É o triunfo da liberdade e da luta da humanidade pelo respeito aos direitos humanos. Assange é um exemplo de coragem e bravura na batalha pela verdade A justiça sempre prevalecerá!”, disse o líder venezuelano.

Díaz-Canel, Cuba

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, referiu por sua vez, que “o longo e cruel castigo que foi imposto a Assange pelas suas denúncias de crimes imperiais permanecerá na memória do povo como prova de como seus carcereiros acreditam pouco na liberdade de imprensa”. 

Luis Arce, Bolívia

Por sua vez, o presidente boliviano Luis Arce celebrou a libertação de Assange, “após perseguição feroz e inaceitável, violação do seu asilo e prisão”.

“O seu crime foi revelar os crimes de guerra e os crimes contra a humanidade perpetrados pelo imperialismo. Este acontecimento lembra-nos que a luta revolucionária é fundamental para alcançar a liberdade e a justiça social”, afirmou.

Assange deixou a prisão de segurança máxima de Belmarsh, no Reino Unido, na última segunda-feira (24/06). Ele recebeu fiança do Supremo Tribunal de Londres e foi libertado no aeroporto de Stansted durante a tarde, onde embarcou em um avião rumo às Ilhas Marianas, no Pacífico norte-americano. 

O jornalista deve declarar-se culpado na audiência e ser sentenciado a 62 meses de prisão. O tempo, porém, é inferior aos cinco anos que o ativista já cumpriu, resultando assim em sua liberdade após a audiência.

(*) Com Brasil247 e TeleSUR