A Força Aérea israelense lançou hoje milhares de panfletos sobre a Faixa de Gaza para advertir à população para não se aproximar da fronteira, indicando as áreas críticas em um mapa.
Os panfletos causaram nervosismo entre a população devido às consequências da ofensiva militar israelense de um ano atrás. Eles foram lançados de aviões de guerra, principalmente sobre o norte e o sul da Faixa de Gaza, segundo a agência de notícias independente palestina Ma'an.
Mohammed Saber/EFE
Ativistas internacionais protestam na fronteira da Faixa de Gaza
Neles, Israel adverte aos habitantes de Gaza que não se aproximem a menos de 300 metros da cerca fronteiriça, de onde as milícias costumam disparar foguetes.
Um dos panfletos qualifica como “áreas proibidas” as localidades de Beit Lahiya, Bet Hanoun e Jabalya, no norte de Gaza; as de Khan Yunis, Khuza e Abasan, no centro; e as de Rafah, no sul.
Rafah é a cidade fronteiriça sob a qual o movimento islâmico Hamas, milícias e grupos criminosos cavaram centenas de túneis para o Egito que servem para o contrabando de armas e de produtos para abastecer a população, que vive sob bloqueio israelense desde 2007.
Um segundo panfleto adverte que a Força Aérea continuará bombardeando a área fronteiriça entre Gaza e o Egito para tentar destruir os túneis.
“Os túneis sob suas casas (…) são uma ameaça para vocês, para a vida de seus filhos e para a integridade de seus bens”, diz o texto, escrito em árabe.
O serviço de inteligência militar israelense também inclui um endereço de e-mail e um número de telefone para quem quiser denunciar os contrabandistas.
Bombas contra passagem
O “bombardeio” de panfletos coincidiu com um novo fechamento hoje da passagem comercial de Kerem Shalom, por onde entra a ajuda humanitária a Gaza, após o disparo por milicianos palestinos de entre cinco e sete bombas contra o terminal, confirmaram ambas as partes.
“Dois projéteis caíram dentro do terminal e, nessas condições, não podemos trabalhar, porque arriscamos as vidas dos trabalhadores”, disse à agência de notícias espanhola Efe um militar israelense.
Ao assumir a autoria do ataque, os Comitês Populares de Resistência disseram que ele foi uma resposta ao bombardeio israelense de terça-feira (5), no qual militantes morreram ou ficaram feridos.
Hoje, estava prevista a entrada em Gaza de entre 86 e 96 caminhões, segundo a Ma'an.
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