O governo italiano decidiu reativar as atividades de sua embaixada na Líbia e desbloquear 500 milhões de euros (R$1,1 bilhão) aos rebeldes, 150 milhões de euros (R$ 330 milhões) a mais do que o valor anunciado na semana passada pelo premiê Silvio Berlusconi.
A partir de quinta-feira (01/09), diplomatas, funcionários administrativos e especialistas voltarão a trabalhar na sede diplomática de Roma em Trípoli. O novo embaixador será anunciado pelo chanceler Franco Frattini na reunião do Conselho de Ministros amanhã.
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Com a reabertura da embaixada, a Itália dá “uma chance à Líbia”, que, segundo Frattini, “será um país amigo”.
Ele justificou que a aposta em boas relações diplomáticas no futuro é baseada na possibilidade de democracia no país. “A democracia é um contágio positivo, quando as pessoas descobrem, não abandonam mais”, comentou.
Frattini ainda chamou as lideranças rebeldes de “amigos líbios” ao anunciar a decisão de hoje do governo italiano de desbloquear 500 milhões de euros “para dar mais apoio” a eles.
Após a queda do regime de Muamar Kadafi, que atualmente resiste em apenas algumas localizadades, como a cidade de Sirte, as forças internacionais da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) deverão suspender a missão no país.
“A OTAN prorrogou a missão militar na Líbia até o fim de setembro” e a missão “concluirá os seus efeitos quando se declarará a Líbia liberta”, explicou o ministro das Relações Exteriores da Itália, um dos países envolvidos na intervenção.
Segundo ele, a expectativa é de que “em termos de pouquíssimos dias, se Sirte cair com uma rendição pacífica talvez até sábado, será a pilastra definitiva da queda do regime”.
Frattini afirmou que a única possibilidade da presença da OTAN na Líbia pós-Kadafi “poderia ser no âmbito da iniciativa de diálogo Mediterrâneo da Aliança” e caso o CNT (Conselho Nacional de Transição) líbio requisite a ação.
Em entrevista à imprensa italiana, o chanceler também comentou sobre o paradeiro de Kadafi e disse acreditar que o ditador esteja ainda dentro do país. “A Líbia é um país grande e desértico, e há regiões para onde pode ter fugido”, observou.
Ele relatou que “todas [as hipóteses] são de que uma saída do país teria dado muito nos olhos e evidentemente não teria fugido dos efetivos da OTAN” que montam guarda no território líbio e avaliam “suspeitos”.
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