Segunda-feira, 16 de junho de 2025
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O embaixador do Brasil na Argentina, Julio Bitelli, chegou à Brasília nesta segunda-feira (15/07) após ser chamado a consultas pelo Itamaraty.

O diplomata participou de uma reunião com o chanceler Mauro Vieira nesta mesma tarde, e deu declarações após o encontro, nas quais desconversou sobre uma possível crise diplomática entre os dois países.

“A ideia é conversar sobre temas da relação bilateral, como levar adiante da melhor maneira possível, com a atenção que merece ter. Relação dessa profundidade que a gente tem com a Argentina”, disse Bitelli, segundo o site G1.

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A visita de Bitelli à capital do país acontece em meio a diversas tensões entre os governos do Brasil e da Argentina.

Semanas atrás, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva disse que os encontros bilaterais entre ele e seu homólogo Javier Milei só acontecerão quando este pedir desculpas pelas ofensas que recebeu durante a campanha eleitoral na Argentina, quando o então candidato de extrema direita o chamou de “comunista” e “corrupto”.

A Secretaria de Comunicação da Casa Rosada reagiu a essas declarações dizendo que o presidente argentino não irá se desculpar, e insistiu nas críticas a Lula, ao afirmar que o líder brasileiro teria um “ego inflamado”.

Outro ponto de conflito aconteceu devido à ausência de Milei na Cúpula do Mercosul, realizada no dia 8 de julho, em Assunção – situação que foi criticada por todos os presidentes participantes do evento, não apenas por Lula.

Ministério das Relações Exteriores
Chanceler Mauro Vieira recebeu o embaixador do Brasil em Buenos Aires, Julio Bitelli, nesta segunda-feira (15/07), em seu escritório

Esse último episódio teve como agravante o fato de que Milei faltou ao encontro de líderes regionais para participar de um evento da extrema direita na cidade catarinense de Balneário Camboriú, onde se encontrou com o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

Sobre essas divergências acumuladas nos últimos dias, o embaixador brasileiro em Buenos Aires, Julio Bitelli, disse que “presidentes têm visões distintas, a preocupação é que isso não chegue a prejudicar a relação”.

“O presidente Lula deixou claro que a relação entre os dois países tem que continuar densa e importante como ela é, independentemente de diferenças de prioridades e visões de mundo”, completou o diplomata.