O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota neste sábado (09/11) em que afirma que o governo brasileiro acompanha, com preocupação, a escalada de violência em Moçambique.
Forças de segurança e manifestantes contrários ao resultado das eleições realizadas no início de outubro têm se enfrentado no país africano, e há registro de mortes e dezenas de feridos.
“Ao recordar o direito à liberdade de reunião e de manifestação, o Brasil exorta as partes à contenção, de forma a assegurar o exercício pacífico da cidadania no quadro democrático”, diz o governo brasileiro.
A Comissão Nacional de Eleições declarou vencedor Daniel Chapo, da frente de libertação de Moçambique (Frelimo), partido do atual presidente, Filipe Nyusi. Ele obteve 73% dos votos no pleito realizado no dia 9 de outubro, enquanto o representante da extrema direita Venâncio Mondlane, ficou com 14%.
Entretanto, manifestantes apoiadores de Mondlane, da coalizão de Povo Optimista pelo Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), contestam o resultado, e o candidato se declara vencedor do pleito.
Vale destacar que Mondlane já vinha afirmando que não aceitaria o resultado das urnas antes mesmo da realização das eleições, alegando que haveria uma fraude no dia da votação.
De acordo com a Agência de Informações de Moçambique, o Hospital Central de Maputo (HCM), na capital do país, registrou três óbitos e 66 feridos após o protesto da última quinta-feira (07/11).