Cerca de 12 mil edificações estão em risco de desabamento devido aos fortes terremotos ocorridos no sudoeste do Japão e que já deixaram 49 mortos, informou neste sábado (30/04) o governo do país.
O Ministério de Transporte e Infraestrutura identificou 12.013 construções “perigosas” — que podem desabar por causa de um novo terremoto ou outros fatores — entre os mais de 43 mil edifícios que foram analisados após os tremores que afetaram a ilha de Kyushu, a segunda mais povoada do Japão, nas últimas semanas.
Toomore Chiang/FlickrCC
Castelo de Kumamoto, símbolo da cidade de Kumamoto, foi um dos edifícios danificados pelos tremores na ilha de Kyushu
A cidade de Kumamoto, em Kyushu, sofreu no dia 14 de abril um terremoto de 6,5 graus na escala Richter, danificando até o castelo de Kumamoto, símbolo da cidade. Dois dias depois (16/04), a região foi atingida por um novo abalo de magnitude 7,3, que chegou a afetar a cidade vizinha de Oita. Na segunda-feira da semana seguinte (18/04), a Agência Meteorológica japonesa alertou a população de que os movimentos sísmicos continuavam ativos na região.
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Como resultado dos tremores, 30 mil pessoas permanecem fora de suas residências. Embora o trem bala e estradas tenham voltado a ser liberados, centenas de trechos de estradas locais estão bloqueados por escombros, rochas ou árvores.
Por enquanto, o custo total para a recuperação de estradas, canalizações e terrenos agrícolas nas áreas afetadas é estimado em 286,1 bilhões de ienes (R$ 8,58 bilhões).
Este é o maior número já catalogado de edifícios em risco pelo país. Até então, o máximo havia sido 11.699 construções, que haviam sido consideradas como “abaladas” após o terremoto de 9 graus de magnitude na escala Richter, seguido de um tsunami, que assolaram o nordeste do Japão em 2011.
*com Agência Efe