Sábado, 21 de junho de 2025
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O ex-premiê Alain Juppé, recentemente derrotado nas primárias do partido conservador Os Republicanos, descartou nesta segunda-feira (05/03) concorrer à presidência da França no lugar de François Fillon, que está sob pressão a abandonar a corrida em meio a escândalos.

Juppé criticou Fillon como “obstinado” por insistir em permanecer na corrida ao Eliseu após o escândalo de corrupção envolvendo seu nome. A campanha do ex-premiê foi abalada pela denúncia de que sua esposa recebeu cerca de 600 mil euros por trabalhos que não teria realizado.

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“O início das investigações da Justiça e de seu sistema de defesa baseado na denúncia de um suposto complô, além da vontade de assassinato político, o levaram a um beco sem saída” disse Juppé.

O atual prefeito de Bordeaux afirmou que não tem a capacidade de unir o partido, reconhecendo que “é tarde demais” para ele e que não representa a renovação que os franceses desejam.

Agência Efe

Alain Juppé (foto) disse que não quer substituir François Fillon na disputa pela Presidência da França

Ex-primeiro-ministro e atual prefeito de Bordeaux, cotado para concorrer no lugar do candidato envolvido em escândalo de corrupção, afirma que não tem a capacidade de unir o partido

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“Não estou disposto a realizar o reagrupamento necessário em torno de um projeto unificador”, afirmou o ex-premiê.

Nesta segunda-feira, o comitê político do partido reunirá as principais figuras da direita, entre eles o próprio Fillon, para tentar buscar uma solução para a crise. O ex-ministro François Baroin é o mais citado para substituir o candidato.

Todas as pesquisas apontam que Fillon não conseguiria chegar ao segundo turno das eleições presidenciais, que deverá ser disputado pela candidata populista de direita Marine Le Pen e pelo ex-ministro da Economia e dissidente do Partido Socialista, Emmanuel Macron.

Juppé, porém, teria melhores condições para chegar ao segundo turno, segundo as pesquisas, e poderia derrotar Le Pen mais facilmente do que Fillon.

RC/efe/rtr