Um júri de Oklahoma, nos Estados Unidos, considerou, nesta quarta-feira (28/04), culpado em segundo grau o policial Robert Bates, que matou Eric Harris, um homem negro e desarmado há um ano.
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Mortes como a de Eric Harris deram origem a diversos protestos nos Estados Unidos contra violência policial contra a população negra
O júri recomendou uma pena de quatro anos (a máxima prevista nesses casos) para Bates, de 74 anos, que é executivo de uma empresa de segurança.
Bates trabalhava como voluntário para o Escritório do Xerife do condado de Tulsa quando, em 2 de abril de 2015, disparou em Eric Harris.
Harris, de 44 anos, era suspeito de vender uma arma para os policiais à paisana e fugia quando foi capturado.
O júri não aceitou o argumento da defesa de Bates, que teria confundido o revólver com uma pistola elétrica tipo “taser”, a arma que supostamente pretendia usar.
O advogado de Bates, Clark Brewster, disse que Eric Harris fez “escolhas” que resultaram em sua própria morte, e que seu cliente agiu com a razão, além de ser “alguém de quem deveríamos nos orgulhar”.
A acusação, no entanto, disse que houve negligência por parte de Bates ao atirar em Harris.
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Em um vídeo divulgado pela imprensa e exibido durante o julgamento, é possível ouvir Bates dizer: “Atirei nele. Sinto muito”, depois de Harris ter sido perseguido e imobilizado com a ajuda de outros agentes.
“Meu Deus. Ele atirou em mim”, disse então Harris, afirmando que não conseguia respirar. Um agente pressionava o joelho contra sua cabeça, enquanto outros seguravam seus braços.
“Que se dane sua respiração”, respondeu um dos agentes a Harris, que foi levado para o hospital da cidade, onde morreu em seguida.
O assassinato de Harris ocorreu em um momento em que forças de segurança dos EUA vinham sendo questionadas a respeito de ações que resultaram na morte de pessoas negras e hispânicas, o que deu origem a vários protestos.
(*) Com Agência Efe