A juíza chilena Jéssica González declarou que espera uma resposta oficial do Vaticano para poder encerrar a investigação que revisa as acusações contra o padre Fernando Karadima por abusos sexuais.
A magistrada considerou que, seis meses após a solicitação da exortação internacional de acesso à investigação eclesiástica, já é tempo de receber o documento da Santa Sé.
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“Não chegou a mim a resposta da exortação internacional a respeito do que se solicitou em maio, e há algumas pessoas citadas que é o que ainda vai ficando pendente, e ambas as partes têm conhecimento do sumário”, afirmou.
O documento, solicitado em maio, trata da compilação da investigação empenhada pela Igreja Católica que neste ano condenou Karadima a uma vida de oração e retiro por causa de abusos sexuais e de poder.
González também solicitou ao Vaticano a intervenção da Pia União Sacerdotal, do seminário local, que manejava grandes quantidades de dinheiro.
“Não posso encerrar o sumário se não chega a mim a exortação internacional”, justificou, indicando que, “se demorar muito, teria que pedir explicações”.
Além de ser penalizado na Igreja Católica, Karadima também foi acusado e processado na Justiça chilena após testemunhos de quatro vítimas, hoje adultas.
Na época dos crimes, ele era responsável pela Igreja do Sagrado Coração de El Bosque e um dos sacerdotes mais influentes dos anos 1980 como formador de outros religiosos, entre eles cinco bispos atuais.
As denúncias comoveram a sociedade chilena e levantou críticas contra a hierarquia católica do país, que acusavam-na de não ter feito nada quando as denúncias foram feitas, em 2004.
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