Quarta-feira, 16 de julho de 2025
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O promotor boliviano Franklin Alborta disse nesta quinta-feira (11/07) que 34 pessoas – entre civis e militares – supostamente ligadas à tentativa de golpe fracassada contra o governo do presidente Luis Arce estão sob investigação, embora a Justiça ainda siga cumprindo outros mandados de prisão para determinar os responsáveis pela autoria do episódio.

“Ao mesmo tempo, estamos realizando buscas e colhendo depoimentos de testemunhas, porque temos alguns mandados de prisão, mas não vamos dizer quantos”, explicou.

Em discurso na quarta-feira (10/07), o presidente da Bolívia informou que “há mais de 100 pessoas envolvidas em diferentes níveis, incluindo militares ativos e passivos e civis”.

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Um dos 25 presos pelos eventos é Aníbal Aguilar, ex-assessor do Ministério da Defesa e identificado como o ideólogo do golpe. Ele foi transferido na manhã de quinta-feira das celas da polícia para o Hospital Obrero, em La Paz, devido a complicações de saúde.

Também foi revelado que a Quarta Câmara Criminal do Tribunal Departamental de Justiça de La Paz revogou, no último sábado (06/07), a prisão domiciliar concedida anteriormente a Aguilar e ordenou sua transferência para a prisão de San Pedro, na cidade de La Paz, como medida preventiva num período de cinco meses.

Reprodução/Gustavo Ticona
Após fracasso na tentativa de golpe de Estado, povo boliviano celebra na Praça Murillo enquanto presidente Luis Arce e seus ministros estão no balcão do Palácio do Governo

Marcha em defesa da democracia

Milhares de pessoas de diferentes setores sociais da Bolívia se concentraram em pontos de La Paz, durante a madrugada desta sexta-feira (12/07), para iniciar a grande marcha em apoio à democracia boliviana e ao presidente Luis Arce, que sofreu uma tentativa de golpe liderada pelo ex-comandante do exército Juan José Zúñiga, em 26 de junho.

A mobilização partiu do parque Ceja de El Alto, e da praça Villarroel, próxima à área de Villa Fátima. Ambos os contingentes marcharam até a Praça Murillo, onde a sede da Presidência boliviana foi cercada pelas forças armadas.

“Mais de uma centena de organizações sociais e sindicais anunciou sua presença maciça na grande marcha pela democracia e unidade na Bolívia, que busca marcar a força do povo, que exige respeito ao seu voto”, afirmou o secretário de Relações Internacionais do Movimento ao Socialismo – Instrumento Político para a Soberania dos Povos (MAS-IPSP), Fidel Surco.

Já Guillermina Kuno, executiva da Confederação Nacional das Mulheres Camponesas Indígenas da Bolívia (Cnmciob), declarou que o povo boliviano irá “defender a democracia e garantir o respeito à Constituição Política do Estado, aos direitos e ao lítio”.

(*) Com Brasil de Fato e Telesur