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Matéria atualizada às 17h55, 18 de janeiro de 2025
O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi oficialmente preso neste sábado (18/01) após a Justiça emitir um mandado de prisão formal, conforme solicitado pelo Escritório de Investigação de Corrupção para Funcionários de Alto Escalão (CIO, na sigla em inglês). A decisão se deu após a juíza do Tribunal Distrital do Oeste de Seul, Cha Eun Kyung, concluir que havia risco de que o mandatário pudesse destruir evidências.

Yoon é acusado por ter cometido crimes de insurreição e abuso de poder durante a decretação da lei marcial, em 3 de dezembro. Desta forma, ele se torna o primeiro chefe de Estado sul-coreano em exercício a ser oficialmente preso.

Agora, o presidente assumirá o processo de admissão oficial no Centro de Detenção de Seul, onde permaneceu detido preventivamente aguardando o parecer da Justiça. Ele será transferido a um complexo para prisioneiros em julgamento, onde ficará retido por mais 20 dias. Se os promotores o indiciarem durante esse período, poderão manter Yoon preso por mais alguns meses.

A solicitação da emissão do mandado de prisão formal foi realizada pelos agentes do CIO na sexta-feira (17/01), que afirmaram que o presidente afastado, ao longo dos dois interrogatórios nos quais permaneceu em silêncio, não refletiu sobre seus crimes. Os investigadores também levantaram a possibilidade de Yoon poder fugir e declarar novamente a lei marcial caso o Tribunal Constitucional rejeite o pedido de impeachment apresentado pela Assembleia Nacional.

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Horas antes, o tribunal sul-coreano realizou uma audiência com o presidente afastado para analisar a solicitação dos investigadores. O interrogatório durou quase cinco horas e contou com a participação de Yoon. De acordo com a agência de notícias Yonhap, o presidente quebrou o silêncio e falou durante cerca de 40 minutos. 

Reprodução/Yon Hap News Agency
O presidente Yoon Suk Yeol é levado para o Centro de Detenção de Seul depois de interrogado pelo Escritório de Investigação de Corrupção para Funcionários de Alto Escalão em Gwacheon, província de Gyeonggi

Após ser interrogado, o mandatário voltou ao centro de detenção em Seul para aguardar a decisão do tribunal referente ao mandado..

A emissão do mandado de prisão formal, que até então estava sob análise, foi solicitada dois dias depois que Yoon foi detido preventivamente e submetido a interrogatórios no escritório do Complexo de Gwancheon, província de Gyeonggi. Os investigadores do CIO apresentaram o pedido de análise ao Tribunal Distrital do Oeste de Seul na sexta-feira (17/01) às 17h40, pelo horário local.