Justiça da Suécia manda prender fundador do Wikileaks

A Justiça da Suécia ordenou nesta quinta-feira a prisão do ativista australiano Julian Assange, fundador do site Wikileaks, para esclarecimentos sobre acusações de estupro e abuso sexual contra duas mulheres suecas. Foi emitida uma ordem de busca e captura internacional sobre Assange, informou a promotoria em comunicado.

O fundador do Wikileaks, site que vazou documentos secretos sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão,  foi acusado de estupro por duas mulheres em agosto, poucos dias após chegar à Suécia para participar de conferências. Em setembro, a Justiça sueca determinou a reabertura das investigações preliminares contra Assange. A promotoria considerou que havia “razões” para fundamentar uma suspeita de crime.

Interrogado em relação às denúncias, o australiano negou as acusações e insinuou que podia tratar-se de um complô dos Estados Unidos para desprestigiá-lo depois do vazamento de documentos secretos sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão.

Os mais recentes foram os 400 mil documentos publicados em outubro passado sobre a Guerra do Iraque, nos quais se denuncia a morte de mais de 100 mil iraquianos desde 2003. Em abril, a organização publicou 90 mil documentos sobre a atuação dos EUA na guerra no Afeganistão.

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