A Justiça sul-coreana aprovou nesta terça-feira (07/01) um novo mandado de prisão contra o presidente afastado Yoon Suk-yeol, que é alvo de um processo de impeachment após decretar uma lei marcial no dia 3 de dezembro.
O anúncio foi feito Escritório de Investigação de Corrupção de Altos Funcionários sul-coreano (CIO), que busca a detenção de Yoon e já esperava a emissão de uma nova ordem contra o mandatário da Coreia do Sul.
O segundo mandado ocorre após uma tentativa frustrada da polícia local de prender Yoon, tendo em vista que os agentes foram “barrados” devido ao grande número de soldados e membros da segurança que estavam na residência presidencial para protegê-lo.
O líder sul-coreano permanece escondido na sua casa em Seul, aparentemente sem vontade de responder às perguntas dos juízes sobre a sua breve imposição da lei marcial no país.
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Yoon tornou-se alvo de um processo de impeachment após decretar uma lei marcial no dia 3 de dezembro, que mergulhou a Coreia do Sul na sua pior crise política em décadas
O primeiro mandado de prisão, emitido em 31 de dezembro, expirou à meia-noite da última segunda-feira (06/01). Na última semana , investigadores do CIO acessaram a residência de Yoon juntamente com cerca de 80 polícias, mas entraram em confronto com cerca de 200 soldados e agentes do Serviço de Segurança Presidencial e tiveram que se retirar.
Desta vez, porém, o Escritório de Investigações se recusou a revelar a duração do atual mandato. Na última segunda-feira (06/01), a agência anticorrupção e a polícia sul-coreana discutiram algumas medidas mais eficazes para realizar a prisão e estão considerando diferentes possibilidades, inclusive prender os chefes da segurança de Yoon.
Enquanto isso, o Partido Democrático da Coreia do Sul, principal força da oposição, anunciou uma queixa contra o ministro da Economia, Choi Sang-mok, que assumiu a Presidência interinamente, por “incumprimento dos seus deveres”.
Yoon tornou-se alvo de um processo de impeachment após decretar uma lei marcial no dia 3 de dezembro, que mergulhou a Coreia do Sul na sua pior crise política em décadas. É a primeira vez que um chefe de Estado sul-coreano em exercício, ainda que afastado do cargo, é alvo de um mandado de prisão.