Devido à extensão das interrupções de energia prejudiciais, a energia solar foi adotada rapidamente na África do Sul. Por exemplo, em 2020, sistemas menores instalados em residências ou empresas representavam apenas 38% dos sistemas solares do país. Naquela época, 62% dos sistemas eram de energia solar em escala de serviços públicos (isso incluía grandes fazendas solares que alimentam a eletricidade diretamente na rede nacional). Mas, em maio de 2024, a participação deste tipo de sistemas de energia solar havia subido para 74%, muito mais do que a dos sistemas fotovoltaicos em escala de serviços públicos.
Como uma equipe de pesquisadores especializados em mapeamento, geografia e transições de energia renovável, notamos que as imagens de satélite mostravam que algumas partes da África do Sul ainda eram bem iluminadas à noite, mesmo durante cortes de energia.
Queríamos descobrir se isso se devia ao fato de essas áreas estarem isentas de cortes de energia ou se era porque haviam mudado para fontes de energia alternativas.
Assim, comparamos imagens de satélite noturnas de 300 subúrbios com imagens de satélite de telhados sul-africanos tiradas durante o dia, disponíveis publicamente. Analisamos as imagens de dia e de noite entre 2016 – quando quase não houve cortes de energia – e 2023, quando a energia foi cortada em quase 79% do ano.
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