Guillermo Lasso, candidato derrotado à presidência do Equador, voltou a sustentar nesta segunda-feira (03/04) a existência de supostas “irregularidades” no processo eleitoral do país. Como já havia expressado na noite de ontem, Lasso afirmou que não reconhece “os resultados ilegítimos” do pleito, que de acordo com os dados oficiais parciais foi vencido por Lenín Moreno, candidato da governista Alianza PAIS.
“As provas de irregularidades no processo eleitoral são muitas. Por isso, não podemos reconhecer os ilegítimos resultados”, escreveu o ex-banqueiro Lasso, da coalizão de direita CREO, em seu perfil Twitter.
Ele também pediu a seus correligionários que se mantivessem nos arredores das delegações do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) pelo país.
Estamos camino a Quito para pedir al CNE la impugnación de las actas y que se revise voto a voto. Hay evidencias sobre las inconsistencias.
— Guillermo Lasso (@LassoGuillermo) 3 de abril de 2017
Mantengámonos firmes. No desmayemos ante el fraude. Vamos a conseguir el CAMBIO porque así el pueblo ecuatoriano lo dispuso ayer.
— Guillermo Lasso (@LassoGuillermo) 3 de abril de 2017
“Peço a todos, pacificamente, que sigamos nos arredores de nossa delegação do CNE exigindo transparência. Esgotaremos todas as vias políticas e jurídicas, no Equador e no exterior, para que se respeite a vontade popular que pediu uma MUDANÇA”, acrescentou o candidato.
“Estou a caminho de Quito para pedir ao CNE a impugnação das atas e que se revise voto a voto”, disse Lasso, que confirmou que passará por escritórios do CNE em várias cidades para pressionar o órgão eleitoral.
Agência Efe
Guillermo Lasso, candidato derrotado na eleição presidencial equatoriana, durante pronunciamento na noite de domingo (02/04)
O candidato governista à presidência do Equador, Lenín Moreno, conta com 51,16% dos votos com a apuração 99,06% concluída, enquanto Lasso tem 48,84% dos votos, segundo os dados do CNE.
Na noite de domingo (02/04), partidários do candidato do CREO causaram distúrbios diante da sede do CNE em Quito, capital do país. Houve também protestos nas cidades de Guayaquil, Cuenca, Riobamba, Santo Domingo e Portoviejo.
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Na noite de domingo, Lasso afirmou que havia informado o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, sobre a suposta fraude na eleição equatoriana. No entanto, a representação do Equador na OEA informou hoje que Almagro felicitou o povo equatoriano pelo pleito e Lenín Moreno pela vitória.
SG @Almagro_OEA2015 felicita en nombre d @OEA_oficial al pueblo ecuatoriano por proceso electoral y a @Lenin Moreno por ganar la presidencia pic.twitter.com/M7YlJd4LNE
— Ecuador en la OEA (@Ecuador_OEA) 3 de abril de 2017
Assim como a OEA, a Unasul (União das Nações Sul-Americanas) enviou representantes que atuaram como observadores internacionais na eleição no Equador e nesta segunda-feira (03/04) parabenizou o país por uma “extraordinária jornada eleitoral” e pediu que os resultados sejam respeitados.
‘Vamos trabalhar também por quem não votou em nós’, diz Lenín
Lenín Moreno, vencedor da eleição presidencial realizada ontem no Equador, afirmou nesta segunda-feira que vai governar o país para todos os equatorianos e agradeceu a saudação internacional que recebeu após a divulgação dos resultados oficiais parciais.
“Um abraço forte a todos que confiaram em nossa proposta e a quem não votaram por nós; vamos trabalhar também por eles”, escreveu o presidente eleito em seu perfil no Twitter.
Un abrazo fuerte a todos los que confiaron en nuestra propuesta y a quienes no votaron por nosotros, vamos a trabajar también por ellos. pic.twitter.com/S9AwPultJd
— Lenín Moreno (@Lenin) 3 de abril de 2017
“Agradeço aos presidentes latino-americanos seus telefonemas e mensagens de felicitação e afeto. Fortaleceremos nossa integração!”, acrescentou, em referência a mensagens de Nicolás Maduro, da Venezuela; Evo Morales, da Bolívia; Salvador Sánchez Cerén, de El Salvador; Pedro Pablo Kuczynski, do Peru; Juan Manuel Santos, da Colômbia; e Michelle Bachelet, do Chile, segundo afirmou o chanceler equatoriano, Guillaume Long.