Líder da oposição grega exige renúncia do premiê para aceitar coalizão
Premiê grego aceitaria deixar o poder, e mudança pode ocorrer ainda neste domingo
O líder da oposição da Grécia, Antonis Samaras, do partido ND (Nova Democracia), exigiu a renúncia do primeiro-ministro Giorgos Papandreou como condição para que a legenda conservadora participe de uma solução ao atual impasse político, informou a emissora de televisão pública local NET.
“Estou disposto a contribuir para uma solução se Papandreou renunciar”, disse Samaras diante das câmaras da televisão pública, ao sair neste domingo (06/11) de uma breve reunião mantida com o presidente da República, Karolos Papoulias.
“Enquanto Papandreou não decidir renunciar, bloqueia uma solução. Enquanto não renunciar, bloqueia as gestões ditadas pela Constituição”, afirmou o líder do principal partido da oposição.
Antes de iniciar a reunião, realizada no Palácio Presidencial em Atenas, Papoulias pediu aos líderes políticos do país que ponham fim à incerteza e cheguem a um acordo para formar um governo de coalizão nacional, que duraria atér fevereiro e integraria os dois principais partidos do país, o ND e o Pasok (Partido Socialista Pan-helênico), de Papndreou.
“É preciso encerrar este assunto pendente”, destacou o presidente, que fez um apelo ao sentido de responsabilidade dos políticos para oferecer uma solução, “pois é o que o povo grego quer”.
O porta-voz do governo, Ilias Mosialos, havia expressado esperança de que as forças políticas conseguissem um acordo neste domingo sobre a formação de um governo de coalizão nacional, reconhecendo a possibilidade de Papandreou não integrar esse novo gabinete.
“As consultas devem avançar hoje para obter o nome do primeiro-ministro que estará à frente de um governo de coalizão nacional”, disse Mosialos à NET. “Papandreou não insiste em se manter no poder, mas o processo deve garantir que o país não fique nem um minuto sem primeiro-ministro”.
A reunião extraordinária do Conselho de Ministros convocada para este domingo por Papandreou foi antecipada em duas horas, marcada agora para 16h locais (meio-dia de Brasília), no Parlamento de Atenas.
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