Quarta-feira, 14 de maio de 2025
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O jovem ítalo-americano Luigi Mangione, de 26 anos, acusado de assassinar à queima-roupa o CEO da gigante de planos de saúde UnitedHealthCare, Brian Thompson, foi indiciado por homicídio, perseguição e posse de arma de fogo em um tribunal federal de Manhattan, em Nova York.

Em 4 de dezembro de 2024, o executivo foi morto com tiros pelas costas diante de um hotel de luxo na metrópole dos Estados Unidos. Cinco dias após o assassinato, o jovem foi preso na Pensilvânia, em 9 de dezembro.

Se for condenado, Mangione arrisca pegar a pena de morte, sentença pedida pela procuradora-geral norte-americana, Pam Bondi. À Justiça novaiorquina, que move um processo paralelo contra ele, já se declarou inocente das acusações de homicídio e terrorismo.

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Fotos Públicas/@NYDP
O jovem ítalo-americano Luigi Mangione, de 26 anos, foi indiciado por homicídio, perseguição e posse de arma de fogo em um tribunal federal de Manhattan, em Nova York

A Polícia de Nova York afirmou que Mangione, que é filho de uma família rica e formado na conceituada Universidade Estadual da Pensilvânia, já havia expressado seu “ódio” contra seguros de saúde, setor que definiu como “uma máfia muito poderosa” em um suposto manifesto. No entanto, ainda não está clara a motivação exata do crime.

Ainda assim, os rumores de que Thompson foi morto em retaliação por tratamentos de saúde negados já foram o suficiente para o jovem se tornar uma espécie de ídolo nas redes sociais entre aqueles que criticam o sistema de saúde norte-americano.

Devido à ameaça de uma eventual pena de morte, a coalizão Aliança Verdes e Esquerda (AVS), que reúne pequenos partidos progressistas na Itália, pediu a intervenção do governo liderado pela primeira-ministra conservadora Giorgia Meloni em prol de Mangione, pelo fato de ele também ter cidadania italiana.

“Acreditamos que a pena de morte é uma aberração do direito e que a Justiça nunca pode ser uma vingança. Mangione tem dupla cidadania e, em casos análogos, os ministros da Justiça italianos sempre intervieram para evitar a pena de morte, abolida em nosso país”, disse o vice-líder da AVS na Câmara dos Deputados, Marco Grimaldi.

(*) Com Ansa