A Comissão Eleitoral Central da Bielorrússia anunciou nesta segunda-feira (27/01) que o presidente Aleksandr Lukashenko foi o vencedor das eleições presidenciais realizadas neste fim de semana, sendo reeleito para o seu sétimo mandato consecutivo no país.
O líder ultranacionalista, que concorreu como candidato independente, obteve 86,8% dos votos válidos. Em segundo lugar ficou Sergey Sirankov, do Partido Comunista, com 3,2% dos votos.
Oleg Gaidukevich, do Partido Liberal Democrático, obteve 2,1% dos votos, enquanto Anna Kanopatskaya, também candidata independente, recebeu 1,9% dos votos, e Aleksandr Khizhnyak, do Partido Republicano do Trabalho e da Justiça, ficou com 1,8%.
Nas eleições da Bielorrússia, existe na cédula a alternativa de votar “contra todos”. Na jornada deste fim de semana, essa opção obteve 3,6% das preferências.
Dos quatro adversários, apenas o comunista Sirankov aceitou a vitória de Lukashenko. A Comissão Eleitoral bielorrussa recebeu denúncias de fraude feitas por representantes das candidaturas de Gaidukevich, Kanopatskaya e Khizhnyak.

Lukashenko iniciará este ano seu sétimo mandato consecutivo como presidente da Bielorrússia
Em termos de reconhecimento internacional, os presidentes de Rússia, China, Cuba e Venezuela manifestaram abertamente suas felicitações a Lukashenko pela vitória nas urnas.
Segundo Xi Jinping, “a China está disposta a trabalhar com o presidente (Lukashenko) para continuar a amizade tradicional entre os dois países e aprofundar a cooperação”. O russo Vladimir Putin disse que Lukashenko obteve “uma vitória convincente, que demonstra claramente sua alta autoridade política e o apoio inquestionável da população à direção estatal que a Bielorrússia está tomando”.
Na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro entregou mensagem semelhante, ao dizer que “esta é uma vitória contundente e significativa, que demonstra a realidade do sentir da Bielorrússia, sem deixar dúvidas sobre a confiança do povo em seu presidente”. Já o cubano Miguel Díaz-Canel ressaltou que a triunfo eleitoral de Lukashenko “confirma o grande apoio do povo bielorrusso à sua gestão a favor do desenvolvimento e do bem-estar do país”.
Apesar do apoio dos quatro países aliados, o pleito na Bielorrússia é questionado pelos Estados Unidos e pela União Europeia, que apoiam as denúncias de frause eleitoral feitas por setores da oposição.