Sábado, 19 de julho de 2025
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta segunda-feira que a cúpula do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes) realizada em Seul foi “muito importante” e representou “mais um passo” rumo ao “equilíbrio” da economia mundial.

Lula afirmou em seu programa semanal de rádio que na cúpula realizada na semana passada houve “avanços” em direção ao final da denominada “guerra cambial” e na conveniência de retomar a Rodada de Doha, da OMC (Organização Mundial do Comércio).

“Houve um avanço e a compreensão de que é preciso que haja um maior equilíbrio da política cambial para que nenhum país leve vantagem sobre o outro”, avaliou.

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No documento final da cúpula do G20, os chefes de Estado e de Governo se comprometeram a evitar as desvalorizações competitivas e a trabalhar para reduzir os desequilíbrios mundiais, mas foram evitadas alusões diretas aos países que bloqueiam a revalorização de suas divisas, como é o caso da China.

O presidente assegurou que na cúpula houve consenso para retomar as negociações da Rodada de Doha, paralisadas em 2008, segundo Lula, por conta das eleições nos Estados Unidos e na Índia.

“Nós chegamos à conclusão de que é preciso retomar as negociações, sentar na mesa, começar a discutir a partir de onde nós paramos. Não temos que começar do zero, nós já avançamos muito”, declarou.

O líder brasileiro argumentou que só o comércio apoiado por um acordo dentro da OMC “vai dinamizar o crescimento da economia” mundial.

“Quanto mais comércio, quanto mais consumo, quanto mais produção, mais a roda da economia vai girar e mais o mundo vai crescer”, acrescentou.

O presidente se disse “muito satisfeito” com o documento assinado no G20, que qualificou como “forte” e “incisivo” e reiterou a importância de discutir as questões econômicas em fóruns cada vez mais amplos, em vez de “pequenos clubes fechados como o G8”.

“Prevaleceu a maturidade, prevaleceu o bom senso, prevaleceu a compreensão de que, hoje, o mundo é interdependente, ou seja, se os americanos tomarem uma medida econômica para tentar resolver um problema dos EUA, eles têm que pensar o reflexo disso na China, no Brasil, na Argentina, na Alemanha, na França e em um país africano”, afirmou.

Segundo Lula, se o resto dos países do mundo não forem levados em conta na hora das decisões, “estaremos matando o multilateralismo”.

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Lula afirma que cúpula do G20 foi um passo rumo ao equilíbrio global

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