Terça-feira, 10 de junho de 2025
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Durante a terceira visita que fez a Guatemala como chefe de Estado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou junto ao presidente guatemalteco, Álvaro Colom, um documento permitindo que empresas brasileiras participem das licitações das novas áreas para exploração e exportação de petróleo na Guatemala. Lula também manifestou “apoio ao governo” da Guatemala. Colom enfrenta uma crise política provocada pela divulgação de vídeo em que o advogado Rodrigo Rozenberg – assassinado em 10 de maio – acusa o presidente e outras autoridades de serem os responsáveis por sua morte.

O documento foi assinado ontem (2), pouco depois de Lula chegar ao país e faz parte da estratégia do governo brasileiro de estreitar as relações com a América Central. Colom entregou à imprensa local um documento que descreve a declaração, relatando que convidou Lula para participar de projetos hidrelétricos no país. O governo ressaltou o objetivo de “inclusão da Guatemala como país beneficiário em matéria de biocombustíveis, no marco do Memorando de Entendimento entre Estados Unidos e Brasil”, datado de 2007. 

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Além da questão energética, outros assuntos foram tratados entre os dois presidentes, como segurança, luta contra pobreza, financiamento para a compra de aviões militares e sistema de segurança do transporte aéreo.

Lula acertou a venda de seis aviões e equipamentos de navegação aérea no valor de 99 milhões de dólares para combater o crime organizado e o tráfico de drogas no país.

Aproximação

Lula declarou que a política do Brasil, anteriormente, “visava apenas os países norte-americanos”. Agora, existe o interesse de contribuir e fortalecer as relações de cooperação com os países da América Central, através da criação de alianças que contribuam para o desenvolvimento desses países.

O presidente disse que é necessário contribuir para o fortalecimento da democracia e respeitar as instituições e autoridades eleitas democraticamente.

 

“São muitos os problemas na América Latina e devem ser resolvidos aqui, com o aprofundamento das relações. Do México à Argentina, passando por Guatemala e Brasil, devemos tomar consciência e fortalecer e respeitar a democracia, as instituições democráticas e a paz”, afirmou Lula.

 

Colom agradeceu a visita e o apoio do presidente brasileiro, que hoje estará na Costa Rica, último destino do giro pela América Central. Lá, pretende fazer acordo comercial entre o Sica (Sistema de Integração Centro-Americano) e o Mercosul.

 

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