Durante encontro com o presidente colombiano Álvaro Uribe, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comprometeu a incentivar medidas para facilitar e aumentar o investimento de empresas brasileiras na Colômbia, por meio de créditos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), “para compensar o elevado superávit do Brasil” em seu comércio com o país vizinho.
“Temos uma relação muito próxima com a Colômbia e um elevado superávit a nosso favor na balança comercial, e queremos nivelar as relações. Para isso, precisamos que mais empresas brasileiras produzam na Colômbia”, afirmou.
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Lula referiu-se especificamente a créditos que o BNDES do Brasil pode conceder a projetos de empresas brasileiras na Colômbia e a acordos para facilitar intercâmbios financeiros sem depender do dólar.
“Se na Unasul (União das Nações Sul-americanas) conseguirmos regras para negociar em moedas próprias, teremos menos problemas de crédito”, disse Lula, afirmando que abordou esta possibilidade com Uribe.
Lula afirmou que para compensar a crise econômica, os países sul-americanos têm que manter ou aumentar seus gastos públicos com infraestrutura.”Devemos atuar juntos; combater práticas protecionistas dos países desenvolvidos e trabalhar em forma coordenada”, disse Lula, que, no entanto, acabou estimulando um protecionismo continental, ao afirmar que os chefes de Estado de América do Sul devem pedir aos ministros do setor que assinem contratos com empresas da região.
O presidente afirmou que Brasil e Colômbia têm que encarar a atual crise como uma oportunidade e aproveitar o potencial que possuem em diferentes setores, como na produção de biocombustíveis.
Ele lembrou que nos últimos quatro anos o comércio entre Brasil e Colômbia aumentou 150%, superando US$ 3 bilhões no ano passado, e que o investimento brasileiro na Colômbia chega a US$ 1,5 bilhão.
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