Ao chegar ao hotel onde está hospedado na capital de Moçambique, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não levará propostas fechadas para o G20, mas “ideias a serem discutidas”.
“Como os países ricos costumavam dar lições ao Brasil de como a gente deveria fazer, seria importante que, humildemente agora, eles fossem aprender o que nós fazemos para que eles possam adotar políticas iguais”, sugeriu o presidente brasileiro.
“Desde que começou a crise econômica estamos dizendo que só existe uma possibilidade para resolver definitivamente o problema [da crise]: aumentar o comércio entre os países e evitar, de qualquer forma, o protecionismo entre as nações”, afirmou Lula. Também defendeu a adoção de políticas “anticíclicas” para evitar que a economia pare em momentos de maior pressão ou receio.
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Câmbio e EUA
Lula comentou a frase do presidente dos EUA, Barack Obama, dita na Índia, de que o que “for bom para os EUA será bom para todos”. Lula disse que o que é ruim para os EUA, em termos econômicos, tem reflexos ruins para o mundo. “O que é bom para os EUA é bom para os EUA. O que é bom para o Brasil é bom para o Brasil”, parafraseou Lula.
Sobre a guerra cambial em curso, o presidente acha que os países devem adotar medidas que levem em consideração o fato de que qualquer atitude interna afetará os demais. “Não é possível que alguns países resolvam desvalorizar suas moedas no intuito de aumentar competitividade, porque causam transtornos a outros que dependem do sequenciamento da política comercial no mundo para seguir crescendo de forma justa.”
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