O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu nesta terça-feira (13/08), no Palácio do Planalto, o governador da Província de Buenos Aires, Axel Kicillof.
O encontro foi acompanhado por quatro figuras destacadas do governo brasileiro: o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; além do chanceler Mauro Vieira e do assessor especial da Presidência para temas internacionais, Celso Amorim.
Em suas redes sociais, Lula celebrou a ocasião com uma mensagem na qual lembrou que a Província de Buenos Aires, governada por Kicillof, “é a maior e mais industrializada da Argentina”.
Efetivamente, a Província de Buenos Aires – que não inclui a Cidade Autônoma de Buenos Aires, capital e Distrito Federal do país vizinho – inclui as regiões urbanas e rurais que cercam a capital argentina. Possui 17,5 milhões de habitantes, 307 mil quilômetros quadrados e um PIB de 119 bilhões de dólares em 2023.
Por sua vez, Kicillof afirmou em seus perfis que sua visita a Brasília teve como objetivo, “fortalecer a articulação entre o Brasil e a Província de Buenos Aires, e colocar em prática uma agenda em comum buscando investimentos e desenvolvimento produtivo”.
Kicillof foi recebido por Lula no Palácio do Planalto, para reunião na qual também participaram o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro Fernando Haddad, o chanceler Mauro Vieira e o assessor Celso Amorim
A importância da Província de Buenos Aires para a economia argentina tornou Kicillof um adversário natural do presidente argentino Javier Milei, líder da extrema direita em seu país.
Também colabora para essa rivalidade o fato de que Kicillof se tornou o principal nome do kirchnerismo – corrente mais progressista do peronismo – desde que Cristina Kirchner decidiu se afastar da política.
Vale destacar, ademais, que o atual governador bonaerense foi ministro da Economia nos últimos dois anos do mandato presidencial de Cristina, entre novembro de 2013 e dezembro de 2015.
O evento entre Lula e Kicillof gera controvérsia pelo fato de que o presidente brasileiro não teve nenhuma reunião bilateral com Milei.
Há pouco mais de um mês, os dois deveriam se encontrar na Cúpula do Mercosul, realizada em Assunção, capital do Paraguai, mas Milei decidiu faltar ao compromisso para participar de uma conferência da extrema direita realizada na cidade de Balneário Camburiú, em Santa Catarina, onde esteve ao lado do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (2019-2022).
