Quarta-feira, 11 de junho de 2025
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai a Cuba na próxima quarta-feira (24), para tratar de temas comerciais e ter uma reunião privada com o ex-líder Fidel Castro, em Havana. A visita será a quarta do presidente ao país desde que assumiu o poder, em 2003.

 

Após visitar o México para participar da 21ª Cúpula do Grupo do Rio, em Cancún, com líderes latino-americanos, Lula seguirá para Cuba, onde sua primeira atividade será uma visita às obras de ampliação do porto de Mariel, para a qual o Brasil já emprestou 150 milhões de dólares.

 

Durante o encontro de Lula com Fidel, serão discutidos “assuntos da realidade internacional”, disse nesta sexta-feira (19) o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, segundo a agência Efe. O porta-voz afirmou que será um encontro de “velhos amigos” e não deu mais detalhes.

 

Após a reunião, o presidente brasileiro participará do encerramento de um encontro do Grupo de Trabalho Brasil-Cuba, que discutirá assuntos econômicos e comerciais, e terá um encontro com o líder cubano, Raúl Castro.

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Marcelo Baumbach afirmou que Lula aproveitará a visita a Cuba para buscar formas de equilibrar o comércio bilateral, já que em 2009, a troca comercial entre os dois países chegou a 330 milhões de dólares, porém com uma balança inclinada a favor do Brasil, que exportou 223 milhões.

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Desde a primeira eleição de Lula, o Brasil aprovou cerca de um bilhão de dólares em créditos para Cuba, e pretende conceder mais 300 milhões de dólares até 2012, segundo o porta-voz.

Após a visita à capital cubana, o presidente seguirá para Porto Príncipe, onde vai visitar as tropas brasileiras que integram a Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah), liderar um ato de entrega de ajuda humanitária para as vítimas do terremoto de 12 de janeiro e se reunir com o presidente René Préval. Os dois devem coordenar novas ações humanitárias aos três milhões de desabrigados pelo terremoto.

Da capital haitiana, Lula viaja para San Salvador, onde será recebido pelo presidente Mauricio Funes, com quem deve assinar vários acordos de cooperação.

Honduras



O porta-voz da Presidência também falou sobre Honduras e sobre a preocupação do governo em retomar o diálogo com o país. De acordo com Baumbach, o presidente “não quer que perdure essa situação de ruptura do diálogo com o governo hondurenho” e deseja que o país seja novamente recebido na Organização dos Estados Americanos (OEA). “O presidente Lula continua preocupado com o precedente de ruptura institucional, mas acha importante o retorno de Honduras à OEA”, disse.

O Brasil, apesar de não reconhecer Porfirio Lobo como presidente e acreditar que “medidas internas devem ser tomadas, como a criação de uma Comissão da Verdade” e “o retorno do presidente deposto Manuel Zelaya ao país”, para que haja um “verdadeiro processo de reconciliação nacional”, não coloca condições para uma eventual retomada do diálogo.

Para Lula, a cúpula do Grupo do Rio será uma boa oportunidade para estreitar posições com o resto da América Latina. Baumbach ressaltou que Lula “não levará nenhuma proposta concreta” à cúpula do Grupo do Rio, mas garantiu que o presidente “irá disposto a conversar com outros líderes latino-americanos”, pois acredita que desse encontro pode surgir “uma posição regional”.

Lula vai a Cuba na próxima semana e terá encontro com Fidel

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