O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez uma declaração em rede nacional na noite desta sexta-feira (30/08), na qual abordou a sabotagem ao sistema elétrico do país realizada horas antes. O mandatário anunciou uma série de medidas a respeito e pediu à Justiça uma “ação rigorosa para defender a paz”.
“As investigações estão avançadas, e serão aprofundadas. Estamos lidando com o ódio e com uma oposição fascista que promove essas ações, e a justiça não pode ser adiada. Como chefe de Estado, em nome de todo um povo, peço que seja feita justiça contra os autores materiais e intelectuais deste ataque”, disse Nicolás Maduro.
Maduro acrescentou que as apurações já realizadas sobre o caso teriam identificado os mecanismos utilizados na ação de sabotagem, e que os investigadores trabalham com a hipótese de uma operação orquestrada. Também afirmou que os autores do crime teriam ligações com a Colômbia”.
“Sabemos de onde vêm os ataques. Este povo (venezuelano) tem uma sabedoria enorme para saber o que fazer em cada momento, em cada situação e circunstância”, insistiu, para depois frisar que “ataques foram idealizados na Colômbia por um setor ligado aos ex-presidentes (colombianos) Álvaro Uribe (2002-2010) e Iván Duque (2018-2022)”.
O mandatário bolivariano enfatizou que, apesar do apagão, que durou toda a manhã e parte da tarde, em quase todo o território do país, “a Venezuela está em paz, e o povo continuou trabalhando dentro do possível”.
O Ministério das Comunicações e Informações da Venezuela emitiu um relatório explicando que o ataque contra a rede elétrica do país teve início por volta das 4h40 da manhã e afetou todo o território nacional, incluindo os 24 estados e a capital Caracas. O sistema começou a ser restabelecido no início da tarde, na mesma sexta-feira.
Ao terminar sua declaração, Maduro disse que o apagão foi fruto de um “ataque traiçoeiro, cheio de vingança, de ódio, que vem das correntes fascistas que tomaram conta dos setores políticos que se diziam oposição política e que o povo já identifica claramente”.