Maior regulação sobre bancos nos EUA derruba bolsas
Maior regulação sobre bancos nos EUA derruba bolsas
O anúncio de restrições ao tamanho e às atividades das entidades financeiras, feito hoje (21) pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, teve impacto direto nas bolsas de valores de Wall Street, da Europa e da América Latina, com a preocupação dos investidores com as regulações sobre a especulação indiscriminada, que gerou a crise mundial.
Em um ato na Casa Branca junto ao ex-presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano) Paul Volcker e ao presidente do comitê bancário do Senado, Chris Dodd, entre outros, Obama anunciou que as novas restrições incluirão limites às operações nas quais os bancos e financeiras podem investir seu próprio dinheiro. Segundo o presidente, a medida tem como objetivo controlar o risco assumido pelos bancos e proteger os contribuintes.
“Embora o sistema financeiro seja hoje muito mais sólido que um ano atrás, continua funcionando com as mesmas regras que permitiram colocá-lo à beira do colapso”, justificou.
Com a medida, o índice Dow Jones Industrial, principal de Wall Street, fechou com queda de 2,01% (213 pontos), aos 10.389 pontos. Também fecharam em baixa o índice Standard & Poor's 500 (1,9%) e o índice Nasdaq (1,12%).
Em São Paulo, o Ibovespa fechou em baixa de 2,83%, encerrando aos 66.270 pontos, nível que não alcançava desde outubro do ano passado. O giro financeiro foi de 6,828 bilhões, movimentados em 456.670 operações. As altas foram lideradas pelas ações ordinárias da Eletrobrás (3,43%) e as maiores baixas foram das ações ordinárias da construtora MRV (7,12%).
No mercado cambial, o dólar comercial subiu 0,44%, fechando a 1,799 real para a compra e a 1,801 real para a venda.
Pelo mundo
Na Europa, as bolsas fecharam em queda pelo segundo dia consecutivo,graças a queda dos preços das e pela incerteza quanto a incerteza na regulação bancária nos EUA. O índice FTSE-100 da bolsa de Londres fechou em baixa de 1,58%. Na Alemanha,o DAX 30, da bolsa de Frankfurt, encerrou em baixa de 1,79%. A bolsa de Paris terminou o dia em queda de 1,70%. O índice FTSE MIB, da bolsa de Milão, fechou em queda de 1,08%. Em Madri, a queda foi de 2,26%.
O principal índice da bolsa de Buenos Aires, Merval, fechou em queda de 0,48%. A Bolsa de Bogotá fechou em baixa de 2,22%. Mais uma vez, a bolsa de Caracas contrariou a tendência e fechou em alta de 0,79%. O Imebo, índice mais importante da bolsa de Montevidéu, que mede a rentabilidade dos títulos públicos uruguaios, também fechou em alta, com 0,09%.
Na Ásia, no quarto trimestre de 2009, o PIB chinês subiu 10,7%, abaixo das expectativas do mercado de 10,9%, mas acima dos 9,1% do terceiro trimestre. A bolsa de Tóquio subiu cerca de 1,2%, para 10.868 pontos, com um iene mais estável e sentimento positivo sobre o setor de tecnologia, apesar dos ganhos terem sido contidos pela cautela com a China. Em Xangai, a bolsa subiu 0,22%, fechando a 3.158 pontos, recuperando-se ante uma queda de quase 3% na véspera.
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