A maioria dos europeus e norte-americanos percebe a imigração como um problema, acredita que há estrangeiros em excesso no país e culpa o governo pelo fenômeno. Metade acredita que imigrantes em situação irregular deveriam voltar a seus países de origem. Esses são alguns dados levantados pela pesquisa anual “Transatlantic Trends Immigration”, feita pelo centro norte-americano German Marshall Fund em colaboração com a Fundação BBVA e outros centros europeus. Foram ouvidos oito mil cidadãos europeus e norte-americanos em setembro de 2009, espalhados por países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França e Espanha, que participou pela primeira vez do estudo.
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Em todos os países a imigração é vista mais como uma perturbação do que uma oportunidade (Europa em geral, 51%; Espanha, 58%; EUA, 54%), apesar de a maioria dos entrevistados não considerar que os estrangeiros roubam postos de trabalho (67% na Europa, 61% Espanha e 53% nos EUA), pois atuam em setores onde eles não trabalhariam.
Outra revelação é a idéia de que os imigrantes legais deveriam ter a oportunidade de permanecer indefinidamente no país (Espanha 68%, Europa 66% e EUA 70%) e que eles se beneficiam mais de serviços de saúde e segurança social em comparação com o que contribuem (Espanha 73%, Europa 62%, EUA 65%).
Espanha
Para 71% dos espanhóis entrevistados, a imigração ilegal é a maior preocupação e propõem como medidas para combater o problema a ajuda a países mais pobres (51%), o reforço das fronteiras (21%) e a imposição de penas mais duras àqueles que empregam imigrantes ilegais (11%).
A maioria dos espanhóis (61%) acredita que a imigração enriquece a cultura do país e sete em cada 10 opinam que o financiamento de cursos de espanhol não é de responsabilidade do governo. O governo espanhol recebe a maior carga de culpa pelo fenômeno (64%).
Quase metade dos cidadãos espanhóis – 48% – acredita que todos os estrangeiros em situação irregular deveriam ser enviados de volta a seus países, enquanto 45% prefere que a situação fosse regularizada.
Diferenças
A respeito desse tema há opiniões contrastantes entre outros países da América do Norte e da Europa. Na França e na Alemanha predomina a preferência pela legalização, e no Reino Unido e na Itália, da deportação.
A pesquisa revela que existe uma visão diferente da imigração legal da ilegal, pois a primeira provoca pouca preocupação e há um consenso de que direitos sociais e a participação política devem ser garantidas, e a outra, se atribui um impacto negativo, devido aos serviços sociais e de segurança.
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