Pelo menos 24 pessoas morreram no domingo (31) no México, em dois massacres nos estados de Chihuahua e Coahuila, norte do país. Segundo as autoridades, ambos os ataques parecem ter sido executados por membros de grupos de narcotraficantes do país.
A primeira matança aconteceu no início da madrugada de em uma casa em Ciudad Juárez, em Chihuahua, onde um grupo de 15 homens armados abriu fogo contra estudantes em uma festa, de acordo com agências.
Jesús Alcázar/EFE (31/01/2010)
Familiares dos jovens atacados em Ciudad Juárez observam o local onde acontecia a festa
O ataque deixou 14 mortos, de acordo com Patricia González, procuradora de Justiça de Chihuahua, que concedeu uma entrevista coletiva em Ciudad Juárez, a localidade mais violenta do México e na fronteira com El Paso, Texas (EUA).
Testemunhos de vizinhos e familiares contam que sete veículos chegaram à casa e dispararam da rua para depois perseguir os jovens que tentavam fugir. Corpos estavam caídos na rua ao lado de fora e poças de sangue se formaram próximo aos carros estacionados. Dentro da casa, as paredes estavam manchadas de sangue e marcadas por furos de bala.
O diário La Jornada afirma que o grupo separou os homens das mulheres, antes de abrir fogo. Muitos conseguiram fugir, mas foram alvejados em casas vizinhas ou no meio da rua.
“Os homens chegaram em carros, e estavam bem armados. Eles entraram na casa e atiraram contra todo mundo, dava para ouvir o tiroteio de todos os lados”, disse um vizinho do local, segundo a Reuters.
Segundo o La Jornada, as autoridades de Chihuahua ofereceram uma recompensa de um milhão de pesos (cerca de 76 mil dólares) a quem tiver informações do paradeiro dos responsáveis pelo ataque aos estudante, após os pais das vítimas protestarem do lado de fora da Procuradoria Geral da República para exigir justiça.
Coahuila
Quase no mesmo horário, 10 pessoas morreram e 11 ficaram feridas quando um comando armado atacou um bar de Torreón, no estado de Coahuila, informou o Ministério Público.
Os carteis de drogas mantêm uma violenta disputa na fronteira com os Estados Unidos para controlar o crescente mercado e as rotas de tráfico, em uma guerra que deixou mais de 2,5 mil mortos em 2009.
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