Com direito à manifestação durante as reuniões da Cúpula do G20 – que engloba as maiores economias do mundo –, em Seul, na Coreia do Sul, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje (10/11) que vai defender que os países busquem duas alternativas para sair da crise e evitar o agravamento da situação pela qual passam. Mantega disse que as economias desenvolvidas devem estimular o mercado interno, enquanto as demais devem fazer os ajustes necessários.
O ministro afirmou que é impossível associar as medidas de recuperação da economia e redução do déficit. Segundo Mantega, o ideal é consolidar a economia e, em seguida, adotar ações para diminuir o déficit. De acordo com ele, foi assim que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva agiu desde o princípio.
O assunto, disse Mantega, será tema de debates na reunião do G20, que contará com a participação dos principais líderes mundiais, como Lula, os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, da França, Nicolas Sarkozy, e a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, entre outros.
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Câmbio
Também estarão em pauta a guerra cambial e a decisão do governo Obama de comprar US$ 600 bilhões em títulos do Tesouro na tentativa de conter a desvalorização da moeda norte-americana. Segundo Mantega, a iniciativa pode agravar a crise econômica mundial, pois ameaça inflacionar o mercado de commodities.
Para ele, o ideal é que os países se unam em torno de medidas comuns que evitem o acirramento da crise global. De acordo com o ministro, será retomada a discussão sobre a reforma do sistema financeiro internacional, incluindo a adoção de outras moedas para as transações comerciais, além do dólar.
O ministro sugeriu como alternativa o iuan (da China), o euro (da União Europeia) e a libra esterlina (da Inglaterra). A ideia é definir uma reforma no sistema financeiro mundial para que a economia não se baseie apenas no dólar – o sistema foi adotado depois da 2º Guerra Mundial.
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