Mantega põe em dúvida eficácia do plano de estímulo dos EUA

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, pôs nesta quinta-feira (4/11) em dúvida a eficácia do plano de estímulo anunciado na quarta-feira (3/11) pelo (Fed) Federal Reserve, banco central americano, e que prevê uma injeção de US$ 600 bilhões no mercado.

“De fato, todo mundo quer que a economia americana se recupere. Porém, não adianta ficar jogando dólar de helicóptero porque isso não fará brotar o crescimento”, afirmou Mantega em declarações citadas nesta quinta-feira (4/11) pela “Agência Brasil”.

Mantega destacou que, nos Estados Unidos, já há crédito suficiente, mas nem os consumidores nem as empresas o estão tomando.

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“Nós já temos hoje nos Estados Unidos uma taxa de juros baixa. Já há crédito suficiente na economia americana. E esse crédito não está indo para a produção”, acrescentou.

“O consumidor e o investidor americanos não estão tomando crédito para investir”, declarou o ministro, referindo-se ao plano anunciado nesta quarta-feira (3/11) pelo Fed para injetar liquidez.

Segundo Mantega, o atual excesso de crédito nos Estados Unidos está provocando uma desvalorização da moeda americana, que aumenta a competitividade dos EUA no comércio internacional.

“Tanta é verdade que hoje temos um déficit comercial com os Estados Unidos e isso nos afeta”, ressaltou.

Mantega voltou a acusar aos Estados Unidos de estar provocando uma guerra cambial com a depreciação do dólar e disse que o Brasil aproveitará a Cúpula dos países do Grupo dos 20 (G20, países ricos e emergentes) da próxima semana, na Coreia do Sul, para insistir nesse assunto.

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