EFE (07/12/2010)
Uma marcha pacífica com 15 mil pessoas percorreu na manhã dessa quinta-feira (7) sete quilômetros no centro de Tegucigalpa. Os manifestantes protestaram contra a decisão do regime de Roberto Micheletti de retirar Honduras da Alba (Aliança Bolivariana para as Américas) e pediram a volta do presidente deposto, Manuel Zelaya.
A Frente Nacional de Resistência, que organizou a manifestação, apontou que outros objetivos da marcha eram a exigência do fim das violações dos direitos humanos e a convocação de uma assembleia nacional constituinte – bandeira levantada antes do golpe de Estado de 28 de junho.
O líder camponês Rafael Alegria disse que a Alba, organização à qual o país aderiu em 2008, durante o mandato de Zelaya, propiciou a aplicação em Honduras de planos de benefício social e econômico aos setores mais desprotegidos da sociedade. Alegria pontuou que houve a promoção de planos de luta contra o analfabetismo, melhorias nos sistemas de saúde, entrega de fundos para o desenvolvimento e acesso a combustíveis em condições favoráveis de pagamento, entre outras vantagens.
Conforme discurso proferido em frente à multidão pelo líder da Resistência Carlos Eduardo Reina, noticiado no site Honduras em Lucha, “o dinheiro vindo da Alba atualmente está nos bancos que financiaram o golpe contra Zelaya”.
Os países-membros da Alba, da mesma forma que a maioria da comunidade internacional, não reconhecem o regime de Micheletti, nem as eleições realizadas em 29 de novembro, que deram vitória a Porfirio Lobo, do opositor Partido Nacional. Outra manifestação foi prometida para o dia 27 de janeiro, data da posse de Porfírio Lobo.
O ministro da presidência, Rafael Pineda, declarou que a decisão de renunciar ao tratado de adesão à Alba foi tomada porque “alguns países dessa organização não tiveram o tratamento respeitoso que corresponde a um país”. Até agora, somente 11 nações reconheceram as eleições presidenciais de novembro. Entre elas, Estados Unidos, Colômbia, Japão e Peru.
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