Os médicos de Portugal realizaram nesta quarta-feira (11/07) a maior greve da categoria já registrada no país, segundo os sindicatos locais. Os profissionais da saúde protestam contra as reformas no setor impostas pelo governo de Pedro Passos Coelho.
Agência Efe
Manifestantes protestam em Lisboa contra reformas públicas no setor da Saúde.
A duas maiores unidades de saúde do país apresentam grande adesão ao protesto. O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, registrou adesão de 99% dos profissionais e no Hospital de São João, no Porto, 95% dos médicos escalados não foram trabalhar.
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Num primeiro balanço da adesão à greve no primeiro dos dois dias de paralisação, a FNAM (Federação Nacional dos Médicos) estima que entre 95 a 100% dos clínicos aderiram ao protesto. O Sindicato Independente dos Médicos evita divulgar números, mas garante uma “adesão extraordinária”, superior aos 85%.
O incômodo provocado aos pacientes foi em larga medida atenuado pelo aviso prévio da greve, tendo a maior parte ido à consulta apenas após confirmar o atendimento. Os serviços mínimos são assegurados no mesmo esquema de finais de semana ou feriados.
Entretanto ocorreram casos de pessoas que foram a postos e hospitais sem saber da greve. Fernando Fortes, de 73 anos, procurava uma consulta no departamento de urologia em São José, mas não protestou quando soube que não seria atendido.
“Se não for atendido vou para casa. Não me importo porque sei bem o que estão a fazer aos médicos e aos enfermeiros. Eles querem acabar com o Serviço Nacional de Saúde, o que seria uma tragédia para os que dele precisam”, disse à agência de notícias Lusa.
(*) Com informações de agências internacionais