Pelo menos cinco membros do Partido Comunista chinês (PCCh) estão sendo investigados pelo “afogamento” de um ex-funcionário, que se encontrava preso durante um interrogatório, informou nesta quarta-feira (04/09) o jornal “Beijing Times”.
O preso morto, Yu Qiyi, era o geólogo chefe de uma empresa estatal – cargo vinculado ao partido – de Wenzhou. Sua morte foi revelada no último dia 9 de abril.
A denúncia, que aparece no meio de uma campanha do governo chinês contra a corrupção, foi retirada do site do jornal “Beijing Times” por motivos desconhecidos depois de duas horas disponível.
De acordo com o jornal local, Yu morreu um dia após ser submetido a uma técnica de tortura conhecida como “shuanggui”, na qual o preso tem sua cabeça mergulhada em água gelada inúmeras vezes durante o interrogatório.
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O Comitê de Disciplina de Wengzhou investigava Yu por supostos crimes de corrupção vinculados à aquisição de terras desde março de 2013. Após 38 dias de detenção administrativa, sua morte foi anunciada no dia 9 de abril.
Na ocasião, as autoridades atribuíram a morte de Yu – quem morreu em um hospital da cidade – à “inalação de fluidos que lhe provocaram uma disfunção pulmonar”.
No entanto, fotos publicadas pela imprensa local mostravam o corpo de Yu com inúmeros hematomas no corpo, fato que gerou suspeitas tanto do advogado de Yu como de sua esposa, Wu Qian.
“Ele tinha muitas ferimentos internos e externos depois de 38 dias (de prisão). Além de ser afogado, ele deve ter sido torturado de outras formas e com mais gente envolvida”, declarou a esposa de Yu.