As autoridades mexicanas anunciaram nesta sexta-feira (5/11) a prisão de oito pessoas acusadas de envolvimento no assassinato do advogado Mario González, irmão de Patricia González, ex-procuradora de Chihuahua, na fronteira com os Estados Unidos.
Os detidos, que segundo a versão oficial pertencem ao cartel de Sinaloa, teriam sequestrado o homem em 21 de outubro.
O corpo do advogado foi localizado ontem, com marcas de tortura, no bairro Granjas del Valle, norte da cidade de Chihuahua, capital do homônimo estado, junto a outros dois cadáveres.
Leia mais:
Com 100 mortos, México tem uma das semanas mais violentas do ano
Grupo armado mata 15 adolescentes em festa em Ciudad Juárez
EUA enviarão agentes de inteligência para treinar autoridades de Ciudad Juárez
Repórteres revelam em projeto as dificuldades da travessia de imigrantes pelo México
México faz apreensão recorde de 105 toneladas de maconha na fronteira com os EUA
Denúncias apontam para existência de 'esquadrões da morte' no México
De acordo com Facundo Rosas, da Polícia Federal, entre os supostos criminosos está Luis Miguel Castellanos, conhecido como El Cora, que confessou ter recebido ordens de um homem identificado apenas como El Buitre.
Na última semana, foi veiculado um vídeo no Youtube no qual González revelava que, assim como a irmã, mantinha vínculos com o grupo La Línea, braço armado do cartel de Juárez, que é rival de Sinaloa. Ele aparecia no centro da gravação, algemado e cercado por cinco homens armados e com uniformes de camuflagem.
Os outros presos são Israel Zaragoza, Luis Alberto López, Martín Morales, Alonso Valarde, Jesus Rendón, Hugo Villegas e Jacobo Larrea.
Chihuahua, onde também fica Ciudad Juárez — considerada a localidade mais violenta do México -, é uma zona de disputa entre os carteis de Juárez e Sinaloa. Os crimes, contudo, não estão restritos a esta área. Em todo o país, segundo dados oficiais, já foram registrados mais de 29.000 homicídios desde que Felipe Calderón assumiu o poder, em dezembro 2006.
A maior parte das mortes ocorreu durante confrontos entre grupos rivais, que disputam entre si o controle das chamadas rotas do narcotráfico, ou em ofensivas militares, visto que as forças mexicanas foram mobilizadas para combater os criminosos.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL