Quinta-feira, 12 de junho de 2025
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O prazo de inscrição para registrar candidaturas para as eleições do Sistema Judiciário do México encerraram no último domingo (24/11) com mais de 11 mil aspirantes aos cargos de juiz, magistrado e ministros na eleição que ocorrerá em junho de 2025.

Os candidatos registraram-se através do site oficial da Comissão de Avaliação do Poder Legislativo e também nos gabinetes oficiais das Câmaras de Deputados e Senadores. Dada a longa lista de solicitações, o governo do México ainda disponibilizou três e-mails como meio alternativo de registro.

Com início em 11 de novembro após convocatória da presidente Claudia Sheinbaum, a lista preliminar de candidatos elegíveis será publicada em 15 de dezembro nos sites do Senado e da Câmara dos Deputados. A etapa seguinte é a aprovação dos qualificados até 4 de fevereiro de 2026.

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O encerramento das inscrições foi anunciado pelo deputado Ricardo Monreal Ávila, presidente do Conselho de Coordenação Política, por meio das suas redes sociais nesta segunda-feira (24/11).

Monreal comentou que muitos dos inscritos são “de todas as especialidades e de ótimo nível acadêmico” e explicou que, embora o “processo tenha sido muito complexo”, é um dia histórico para a nação mexicana.

ProtoplasmaKid/Wikicommons
 Lista preliminar de candidatos elegíveis será publicada em 15 de dezembro nos sites do Senado e da Câmara dos Deputados

O presidente do Senado, Gerardo Fernández Noroña, também comemorou o grande número de inscrições para a convocatória e descreveu o dia como “esplêndido”.

“O que estamos fazendo é novo e confio na escolha do povo. Não vamos voltar para quando havia uma única pessoa que dominava os três Poderes com poder absoluto”, afirmou, referindo-se à recente reforma judicial no México que permitiu o voto direto dos cidadãos para os representantes do Legislativo.

O México aprovou mudanças profundas no Poder Judiciário, reformas no setor elétrico e ferroviário, e para reconhecimento de direitos dos povos indígenas e afrodescendentes. Todas essas medidas foram as últimas manobras do ex-presidente Manuel Andrés Lopez Obrador antes da sua sucessora Sheinbaum assumir e dar sequência ao pacote de reformas.

Na esteira das mudanças constitucionais no México, a Câmara e o Senado mexicano aprovaram a reforma que protege a Constituição do país de eventuais novas reformas para reverter todas essas mudanças, sendo a do Judiciário a mais impactante entre elas por passar a exigir que os juízes do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e magistrados de tribunais estaduais e distritais sejam eleitos por voto popular.

A medida não foi bem recebida pelos representantes do judiciário mexicano, que apresentaram suas renúncias em protesto à reforma em outubro passado.

Por sua vez, a presidente Sheinbaum avaliou que o motivo pelo qual os ministros apresentaram sua renúncia nesta semana é porque “saem com todos os seus benefícios de aposentadoria”.

(*) Com TeleSUR