Atualizada às 15h35
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, confirmou nesta quarta-feira (05/08) que os restos do avião encontrados na semana passada na ilha de Reunião, no oceano Índico, pertencem ao voo MH370, desaparecido em março de 2014 com 239 pessoas a bordo.
EFE
Pedaço de fuselagem foi encontrado na ilha Reunião; avião desapareceu dos radares no dia 8 de março de 2014
“Hoje, 515 dias depois que o avião desapareceu, é com muito pesar que devo dizer a vocês que uma equipe de experts confirmou de maneira conclusiva que os restos de avião encontrados na ilha de Reunião são de fato do MH370”, declarou Razak, segundo a BBC.
“Agora, nós agora temos provas físicas (…) de que o voo MH370 terminou seu voo tragicamente no sul do oceano Índico”, acrescentou o chefe de governo malaio.
O pedaço do avião foi encontrado junto a uma mala que as autoridades franceses ainda estão investigando para saber se ela também pertencia ao MH370.
Os materiais foram achados a mais de 6.000 quilômetros da última localização emitida pela aeronave da Malaysia Airlines e a quase 4.000 quilômetros do foco das buscas conduzidas pelos australianos.
Investigação paralela
A França abriu uma investigação judicial em paralelo à investigação internacional coordenada pela Austrália. Nos últimos dias, os especialistas e técnicos franceses trabalhavam com outros representantes malaios e técnicos da Boeing.
Primeiramente, o fragmento chegou ao laboratório militar de Balma, próximo à cidade de Toulouse, no sul da França. Para isso, foram examinados e comparados os números de série disponíveis, com os planos de fabricação, os materiais utilizados, inclusive uma análise acerca dos restos de pintura.
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Uma segunda etapa, que levará mais tempo, acontecerá para buscar novos indícios sobre o ocorrido com o voo e sobre a localização de outros fragmentos da aeronave. Os experts apontam que é pouco provável que o resto já achado indique as causas do acidente, mas a sua análise pode ajudar a entender a trajetória do avião e auxiliar na busca de outras partes do Boeing.
Na última sexta-feira (31/07), as autoridades malaias já haviam confirmado que o pedaço de avião pertencia a um Boeing 777, mesmo modelo da aeronave da Malaysia Airlines. Como a ilha da Reunião, situada a leste de Madagascar, é considerada um departamento de ultramar francês, o material foi enviado na França, onde foi analisado por especialistas locais.
EFE
Primeiro-ministro Najib Razak confirmou nesta quarta-feira que destroço encontrado no Índico é do MH370
Desaparecimento
O Boeing 777 da Malaysia sumiu no dia 8 de março de 2014 após mudar de rumo em uma “ação deliberada” 40 minutos após ter decolado. A aeronave fazia a rota Kuala Lumpur-Pequim. A maioria das vítimas é de origem chinesa.
Em janeiro, a companhia aérea anunciou o desaparecimento como um acidente, abrindo a possibilidade de pagamento de indenizações aos parentes. Na semana passada, a descoberta já havia reanimado os ânimos dos familiares dos passageiros, que buscam indenizações maiores.
À Reuters, o advogado Zhang Qihuai, que representa as famílias das vítimas chinesas do acidente, afirmou que mais de 30 familiares na China já haviam concordado em processar a empresa se fosse confirmado que os destroços eram realmente parte do avião desaparecido.