Segunda-feira, 9 de junho de 2025
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O presidente da Argentina, Javier Milei, ordenou nesta quarta-feira (13/11) a retirada da delegação de seu país da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29), que ocorre em Baku, no Azerbaijão. O perfil de notícias do evento nas redes sociais afirmou que a decisão decorreu por “tensões políticas”.

A decisão do mandatário de extrema direita ocorre no terceiro dia do evento, onde mais de 200 países se reúnem para discutir estratégias contra as mudanças climáticas. No entanto, o governo Milei não fez nenhuma declaração oficial sobre o ato. O presidente apenas compartilhou uma publicação de um jornalista de Buenos Aires referindo-se à decisão de Milei como “um motivo para abrir champanhe francês todos os dias”.

O objetivo da delegação argentina era participar ativamente das discussões e estabelecer diálogos com outros países e organizações não governamentais sobre questões climáticas, mas seu trabalho foi frustrado pela decisão de Milei, que se alinha com sua posição negacionista sobre as mudanças climáticas e seu questionamento das políticas para combater este processo.

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Por sua vez, o perfil COP29 News afirmou que retirar-se do evento no meio de sua realização “destaca a falha de comprometimento dos países e dá uma mensagem clara sobre o que é preciso ter foco sobre”, referindo-se ao combate às mudanças climáticas.

Dean Calma/IAEA
Decisão do mandatário de extrema direita ocorre no terceiro dia do evento, onde mais de 200 países se reúnem para discutir estratégias contra mudanças climáticas

Segundo a imprensa, alguns funcionários foram orientados a retornar à Argentina sem terem participado dos principais debates dos primeiros dias. A embaixadora argentina em Baku, Mariángeles Bellusci, também foi notificada para se ausentar do evento, apesar de ter participado da cerimônia de abertura.

Apesar da negativa em participar do evento, a Argentina não pode retirar-se do Acordo de Paris [tratado climático internacional que prevê a redução de gases do efeito estufa e esforços para a redução das mudanças climáticas] ao qual aderiu em 2013, sob a Presidência de Cristina Kirchner, e foi ratificado em 2016, no governo de Mauricio Macri.

(*) Com TeleSUR